Viagem Singular a Worpswede
de Rainer Maria Rilke
Grátis
Sobre o livro
Rainer Maria Rilke em Março de 1901 chega à colónia artística de Worpswede para aí permanecer até Agosto de 1902. Marcado pelas fortes impressões da natureza no Norte da Alemanha e pelas duas viagens à Rússia (1899 e 1900) na companhia de Lou Andreas-
-Salomé, teve ocasião de visitar Tolstoi na sua propriedade de Jasnaja Poljana e de apreciar a região do "Pântano do Diabo".
Worpswede era uma pequena localidade que a partir de 1889 ganhara um rosto artístico, com a fixação de um grupo de pintores desencantados com a estreiteza das academias. A viagem pela estranheza desta planície pantanosa dos pintores, leva-o à tomada de consciência
da natureza incognoscível das coisas, da pintura, da paisagem e da poesia.
Através de um triplo olhar - como nos descreve no prefácio João Barrento - analítico em relação às obras dos pintores do momento e do lugar, histórico revisitando a pintura paisagística do passado e etnográfico como a paisagem transparece nas vidas e nos lugares
daqueles que a habitam, incitando a visitar o mundo oculto da natureza.
É uma "Viagem Singular a Worpswede".
No final do séc. XIX, um grupo de jovens pintores, saturados dos ensinamentos da Academia, estabeleceu em Worpswede uma comunidade artística com propósitos inovadores. Um dos aspectos comuns a todos esses artistas era o interesse pela paisagem. “Viagem Singular a Worpswede” é um dos ensaios dedicados por Rilke a esta tendência. Traduzido por João Barrento, revela-se uma agradável leitura acerca da relação do artista com a Natureza. Rilke olha-a com a nostalgia de algo perdido, reivindicando para o artista uma reaproximação do mundo natural que nos é cada vez mais estranha.