Sobre o livro
Prémio "O Ambiente na Literatura Infantil" - 1986 da Secretaria do Estado do Ambiente
O duende-poeta acorda numa cidade com tosse e
nuvens tristes, em que os pássaros estão doentes do
fumo e da pressa do voo, os bichos da terra estão
tristes por verem crescer cidades sem sol sobre as
pedras esquecidas, os peixinhos sofrem uma dor de
água turva que faz arder os olhos, e a lua, mãe das
marés e gémea dos ventos, companheira das águas,
vizinha das sombras e dos vulcões, anda aflita por ver
ferros em lugar de abraços. Este é o duende-poeta,
um gnomo-cantor que sabe o tudo e o nada da vida
das coisas e se afunda nelas até perceber o que são,
o que querem, o que sofrem.