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Sobre o livro
A partir da sociedade industrial constatou-se uma sucessão vertiginosa de novos comportamentos dos indivíduos, adotando, primeiro, artefactos mecanizados, posteriormente, dispositivos eletrónicos numa configuração sistémica e, por fim, os novos artefactos cibervirtuais disponibilizados pelo paradigma virtual. Neste paradigma as mudanças têm provocado novas formas de comportamento que interagem com o mundo real, onde a individualidade se assume como base na constituição de "multivíduos". Estes, sendo portadores de vários estilos de vida adotados ao longo das suas trajetórias biográficas, procuram no turismo novas experiências, não aceitando ofertas turísticas heteropropostas. Donde, os novos artefactos cibervirtuais contribuem, de modo inovador, para personalizar as experiências turísticas.
Atualmente a Web, enquanto artefacto cibervirtual, revela-se inadequada para as pretensões dos "multivíduos" - sendo estas mais exigentes, pró-ambientalistas, multiculturais, multiétnicas e cibertecnológicas - em construir e planificar modelos de viagens personalizáveis, "inteligentes", acessíveis, flexíveis e reajustáveis em tempo real. Assim, por um lado, as páginas-web contextualizadas ao domínio turístico estão preparadas para serem consultadas, interpretadas e inferidas pelos agentes humanos de modo iterativo e, por conseguinte, incompatíveis com o processamento inteligente por agentes computacionais.
Por outro, constata-se a falta de uma estratégia consistente e fiável da informação turística na Web nas suas diversas dimensões (real, sintática, semântica e pragmática) para a descodificação das representações e dos significados dos objetos para o turismo - restaurantes, museus, paisagens protegidas, entre outros.