Porquê Eu? Porquê Isto? Porquê Agora?
de Robin Norwood
Sobre o livro
Com o seu livro anterior, o bestseller internacional Mulheres que Amam Demais, Robin Norwood alterou a forma como pensamos sobre o amor.
Agora, em PORQUÊ EU? PORQUÊ ISTO? PORQUÊ AGORA?, a autora convida os seus leitores - mulheres e homens - para uma viagem ao domínio do Espírito e oferece uma perspectiva revolucionária sobre a adversidade, indo ao encontro de algumas das nossas questões mais profundas e perturbadoras:
"Porque está isto a acontecer-me?"
"Qual é o objectivo da dor?"
"O que está o meu corpo a tentar dizer-me?"
Este livro aborda estas questões de frente e ilustra-as com exemplos concretos. Ao fazê-lo, a autora lança alguma luz sobre temas como:
· Karma individual e familiar
· A natureza predestinada dos laços emocionais
· Como escolhemos os nossos pais e as circunstâncias do nosso nascimento
· As nossas vidas passadas e os nossos problemas presentes
· A dependência como caminho para a transformação
A vida parecia boa, de facto, a seguir à publicação do meu primeiro livro, Women Who Love Too Much. Era casada com um homem inteligente e bem sucedido que me apoiava no meu trabalho. Tinha um consultório florescente de psicoterapia, era uma autora campeã de vendas e uma autoridade internacionalmente reconhecida em dependência relacional. Tinha conseguido destilar todo o sofrimento de anos de fracasso com os homens e com o amor, com a ajuda de um programa espiritual, transformando-o em sabedoria que me salvou a vida. Passara a ajudar mulheres de toda a parte a fazerem o mesmo por si próprias. Foi um tempo de gratidão pelo meu próprio restabelecimento e de orgulho pelo que estava a realizar no mundo. Mas esse estado não estava destinado a durar muito mais.
Num dia de Outono, em 1986, regressava de avião para a Califórnia a seguir a uma palestra e comecei uma conversa de circunstância com a senhora sentada ao meu lado. Enquanto conversávamos, ela lançou-me subitamente um olhar perscrutador.
"Quantos anos tem?" perguntou, mudando de tom.
"Faço 42 anos em Julho próximo", respondi.
Ela assentiu lentamente, continuando a olhar-me com atenção. "Toda a sua vida vai mudar durante o próximo ano", informou-me solenemente.
Achei graça. "Não, não. Não está a perceber. Já mudou.", disse-lhe eu. "Para mim as coisas foram sempre muito difíceis, mas agora estão perfeitas." Informei-a sorridentemente até onde tinha chegado em poucos anos. "Agora tenho um marido muito bom e tenho verdadeiro êxito pela primeira vez na vida. Está tudo absolutamente perfeito.", repeti orgulhosamente.
"Tudo vai mudar," respondeu ela. "Vai desaparecer tudo." A seguir disse, à laia de explicação, "Eu tenho um dom, sabe? Vejo coisas."
Nessa altura chegou uma hospedeira com o jantar e a conversa não voltou ao tema do que o futuro me reservava. Mas ficou provado que ela tinha toda a razão.
Em Abril do ano seguinte estava a divorciar-me do meu marido, já não trabalhava como terapeuta e, apesar de ainda não o saber, estava gravemente doente e a morrer lentamente.