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Sobre o livro
Tomáš Halik produz com este livro uma das mais estimulantes respostas ao diálogo, nem sempre pacífico, entre fé e ateísmo. O seu argumento é de que a única grande diferença entre ateus e crentes é a paciência. Os ateus não estão errados, apenas impacientes. No fundo, pretendem resolver rapidamente as dúvidas em vez de suportá-las. Mas a insistência dos ateus em afirmar que o mundo natural não prova a existência de Deus está correta. E a sua experiência da ausência de Deus é uma experiência verdadeira, compartilhada também pelos crentes.
A fé não é uma negação de nada disso. Pelo contrário, é uma resistência paciente face à ambiguidade do mundo e uma espera confiada na ausência de Deus. A fé não é senão, como o sugestivo título de Halik indica, a paciência com Deus.
Em contraste com a retórica fechada de alguma apologética - que com uma ingenuidade drástica tenta simplesmente contornar a ambivalência do mundo natural e as dificuldades reais do ato de crer, Tomáš Halik dá, de facto, uma resposta sensível e realista, do ponto de vista cristão, às interrogações do ateísmo.
"Paciência com Deus" constitui, no seu efeito surpresa, um grande acontecimento editorial. É um livro premiado internacionalmente que por toda a parte suscita debates apaixonados. Tomáš Halik é não só o mais importante intelectual católico da República Checa, mas tornou-se, com esta obra, um autor europeu de referência.
Prémio Melhor Livro Europeu de teologia
Livro do mês, nos EUA
Bruno Vieira Amaral, in revista LER
«Halík não perde tempo com os ateus belicosos. Em vez disso, desloca a sua atenção para os humanistas seculares e para os espiritualmente inquietos que não se reveem na «religião organizada».»
Bruno Vieira Amaral, in revista LER
«Não, a fé não é uma palmadinha nos ombros, é um murro no estômago.»
Henrique Raposo, in Expresso
«“Paciência com Deus” apela precisamente a largar certezas, a sair da zona de conforto, a, no mínimo, permitir que o desconhecido possa vir ter connosco, com as consequências que daí podem advir – como, por exemplo, pôr em causa parte das nossas “verdades”.»
Filipe Messeder, in além-mar
«T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. Os grandes teólogos que ajudaram a elaborar os textos do Vaticano II e a lançar a teologia em novos horizontes já são raros e idosos. Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a "paciência de Deus", desse Deus que interrogou o interessante Zaqueu desta obra: "A fé - se for uma fé viva - tem de respirar; tem os seus dias e as suas noites. Deus não fala apenas através das suas palavras, mas também através do seu silêncio. Fala às pessoas não só através da sua proximidade, mas também do seu afastamento. Tu esqueceste-te de escutar a minha voz nos que experimentam o meu silêncio, a minha distância, nos que olham do outro lado, do vale de trevas, para o monte do meu mistério, escondido numa nuvem. Aí é que me devias ter procurado. A esses é que devias ter acompanhado, fazendo-os aproximar-se um pouco mais do limiar da minha casa. Era essa a porta especialmente preparada para ti."»
Frei Bento Domingues, in Público
«T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. (...) Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a ‘paciência de Deus’ (...)»
Frei Bento Domingues, in Público
«[Este livro] é um suave diluente das certezas eclesiásticas reconstruídas, de modo estridente, nos anos 80-90 (...). Recupera, com mansidão, a memória interdita dos ‘padres operários’, o sentido da teologia da libertação, os caminhos ocultos de deus na sociedade secular ocidental, sem se perder nas disputas e desavenças entre ‘conservadores’ e ‘progressistas’. (...) O tecido desta obra é construído por tudo o que tem sido desvalorizado, ocultado, marginalizado ou desfigurado na apologética eclesiástica (...) O que realmente o preocupa é (...) o tempo de escuta e de atenção a quem anda por outros caminhos, por carreiros e lugares ‘mal frequentados’. O próprio Jesus tinha sido acusado de andar em más companhias.»
Frei Bento Domingues, in Público
«O livro Paciência com Deus não pretende ser nenhum manual de viagem. É um testemunho, muito reflectido e documentado, de uma grande peregrinação, atenta a tudo o que encontrou pelo caminho, sem dar lições.»
Frei Bento Domingues, in Público
«Quase indispensável de ler para qualquer cristão para quem a fé não é só uma questão encerrada, mas sempre aberta, sempre à procura de permanente renovação, esta proposição de Tomás Halík é de uma fluência de leitura muito agradável, com muitas referências a autores marcantes na teologia cristã, e que recompensa o leitor com aquela sensação reconfortante de quem vira a última página: este livro ensinou-me, dele tirei conhecimento.»
António Cardoso Pinto, in essejota.net