Olá Lúcia!
de Joaquim Caioã
Sobre o livro
Nunca se pense que uma mulher aos cinquenta anos há muito que deixou de merecer o interesse do sexo oposto. Dizem os entendidos que a mulher só sai da menoridade humana muito além da idade que todos julgam ser o auge da sua fase do verdadeiro êxtase sexual, porque não é bem assim, ou seja, não é assim. Muitas mulheres, se não a maioria, umas nunca saem da menoridade humana, outras só tardiamente atingem esse patamar.
Mas perguntam os homens: mas afinal o que é isso da menoridade humana? A resposta é: «a permanência da pessoa na menoridade deve-se ao facto dessa pessoa não ousar pensar. A covardia e a preguiça são as causas que levam as pessoas a permanecerem na menoridade. Um outro motivo é o comodismo. É bastante cómodo permanecer na área de conforto. É cómodo que hajam pessoas e até coisas que façam tudo por nós e tomem decisões no nosso lugar. É melhor que alguém o faça por nós. As pessoas quando permanecem na menoridade são incapazes até de mexer as pernas; são incapazes de tomar as suas próprias decisões e de fazer as suas próprias escolhas».
Daqui deriva aquilo que se pode chamar de "falta de esclarecimento". Nesta fase de falta de esclarecimento as pessoas deixam-se enganar por crenças, tradições e opiniões alheias, porque quando as pessoas tomam noção do conhecimento, saem da fase da menoridade nem que isso aconteças aos 40 ou cinquenta anos.
A Lúcia, a viúva desta história que vivia na escuridão do seu mundo cingido a uma animal de companhia, atingiu finalmente a sua fuga para a maioridade mental, graças àquele que um dia lhe disse: "Olá Lúcia!". A lúcia acordou da modorra que a embalava na sua menoridade mental, passou a sorrir todos os dias aos primeiros raios de sol da aurora e atingiu o ocaso sem antes não ter cumprido os desígnios de Deus, que é amar e ser amada.