O Perfumista
de Joaquim Mestre
Sobre o livro
Um livro que se recorda como o perfume de quem se amou. Uma viagem perturbante ao Alentejo do início do século XX.
Um homem apaixona-se por uma mulher. Não pelos seus olhos, não pelos seus cabelos, mas pelo seu cheiro. É o perfumista de Almorim.
Quando na Europa deflagra a Iª Guerra Mundial, o homem integra o Corpo Expedicionário Português que vai combater na Flandres. Algum tempo depois chega a notícia de que morreu na Batalha de La Lys.
No entanto, um dia o barco da carreira que sobe o Guadiana traz um homem que diz ser o perfumista. A febre pnemónica tinha feito muitas vítimas: a mulher, os amigos, muitas pessoas da vila haviam morrido. Não fala com ninguém, fecha-se em casa a criar perfumes, cujos aromas enlouquecem as mulheres e os homens, alterando a vida de Almorim.
Entre odores de mirra e de jasmim, de açafrão e de rosmaninho, entre profetas e malteses, visionários e contadores de histórias, O perfumista é um romance que nos traz imediatamente à memória os ambientes oníricos e as personagens de assombro que encontramos em escritores como Gabriel Garcia Márquez ou José Luís Peixoto, e que perdurarão, certamente, na memória do leitor.
Mafalda Ivo Cruz, "Mil Folhas", Público, 8/9/2001
«Em muitos aspectos, Joaquim Mestre aproxima-se do tom dos contos orais e tradicionais, da sua singeleza e do seu inimitável sabor (...) A prosa narrativa de Joaquim Mestre, fluente e luminosa na sua concisão e na sua simplicidade, consegue transmitir-nos sugestivamente todo este enredo de segredos, de pícaras façanhas de ocultação e avisos».
Urbano Tavares Rodrigues, Jornal de Letras, 8/8/2001