O Lago Azul
de Fernando Campos
Sobre o livro
O que aqui se lê são factos pouco conhecidos do destino de algum sangue real português. O primogénito do exilado e desapossado décimo oitavo rei de Portugal, Dom António, Prior do Crato, casa na Holanda com uma princesa filha de Guilherme, o Taciturno. Aliança de um católico com um calvinista, em época de acesas guerras de religião, a traição do marido congraçando-se com o inimigo comum das duas nações, a Espanha, causa a separação do casal. Enquanto o príncipe se acolhe, com dois filhos varões, ao fausto da corte espanhola de Bruxelas, a princisa exila-se na Suiça com cinco filhas e aí morre de mágoa. Os amores escaldantes da filha mais velha com um coronel alemão transformam-se, por ciúme, em vingança e morte numa ilha quase deserta da laguna de Veneza…
O pano de fundo destas paixões é o quadro geral, por todo o mundo, dos acontecimentos havidos entre os fins do séc. XVI e a primeira metade do século seguinte. Percorre e abarca, com peculiar agilidade, este vasto espaço geográfico e temporal, um muito especial narrador: o Vento.
António Carvalho, Diário de Notícias
«O chamado romance histórico teve em Fernando Campos, e no seu A Casa do Pó, mais do que um cultor. Pode dizer-se mesmo que Fernando Campos interpretou, melhor que ninguém, o espírito do próprio romance histórico, ao reinventar e reescrever as crónicas que são o fundamento deste género literário…»
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