O Banqueiro dos Pobres

Na primeira parte da obra são descritos os antecedentes que levaram o autor a desenvolver a ideia de um tipo de ajuda aos pobres, diferente do tradicional, questionando inclusive as instituições multilaterais (Banco Mundial, ONU e os seus departamentos), o seu tipo de ajuda, a ineficiência dos seus consultores e os seus grandes honorários. Toda esta parte é a autobiografia do percurso de Muhammad Yunus até à data em que começa a pôr em prática os fundamentos doutrinários que deram origem ao Banco Grameen.

A segunda parte é a «Fase Experimental» da implementação das ideias e ideiais do autor. Nela, Muhammad Yunus desenvolve princípios de emancipação da mulher (antitradicionais no Bangladesh) para a promoção e negociação dos empréstimos, partindo do princípio de que quem mais sofre são as mulheres mães, logo serão estas as mais interessadas no combate à pobreza e à fome dos seus filhos. O autor explica ainda os termos de funcionamento dos sistemas de empréstimo, reembolso, juros a aplicar e as diferenças entre o seu banco e os bancos tradicionais.

A última parte do livro expõe a visão de Muhammad Yunus sobre a economia e demografia mundiais, a pobreza e as formas de a atenuar. Adicionalmente, faz uma perspectiva do que podem vir a ser experiências futuras do tipo do seu Banco, alargando o âmbito do processo de solidariedade mundial.