Nunca Digas Adeus ao Verão
de João de Mancelos
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Editor:
Edições Colibri
Edição:
fevereiro de 2021
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Sobre o livro
Nunca Digas Adeus ao Verão é o quinto livro de contos de João de Mancelos. São treze histórias marcadas ora pela solidão, ora pelo encontro entre estranhos que nada julgavam partilhar até se cruzarem, por mero acaso.
Os pequenos milagres de cada dia sucedem-se página a página, revelando afetos partilhados, perdas insanáveis, vidas refeitas. São narrativas escritas num estilo exímio, que se leem de um fôlego.
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Detalhes do produto
Nunca Digas Adeus ao Verão
ISBN:
9789895660520
Ano de edição:
02-2021
Editor:
Edições Colibri
Idioma:
Português
Dimensões:
159 x 229 x 6 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
92
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
João de Mancelos publicou, recentemente, em março de 2021 (Edições Colibri) um livro de contos - Nunca Digas Adeus Ao Verão -. Li com muito interesse as suas “fatias da vida” e gosto muito, francamente, muito! A forma como, enquanto escritor, trabalha as personagens, “manipula” as histórias e o nível de habilidade dos aspetos técnicos da escrita dos contos, assim como da maneira como apresenta os diálogos, os conflitos, como constrói a trama e o suspense e como vai resolvendo as complicações dos problemas…conduzindo-nos ao clímax de cada história e, ainda, como o “conflito” inicial é resolvido. São os sussurros da vida, nas entrelinhas, narrativas imaginárias e/ou rasando a realidade, aqui e ali, no conjunto, em que as leis naturais são “desprezadas” e em que reina o “maravilhoso”, embora, por vezes, alinhado em controverso “patamar catastrófico”, inquietante, com um registo cinzento, de “belas recordações”, sempre assentes numa sensibilidade e/ou sensualidade genuínas, abundância de frases com uma “musicalidade/vida” intrínseca, que nos arrebata. Exprimem desejos temperados pela fantasia, assim como angústias que são apaziguadas pela imaginação. Contêm imagens que são símbolos e têm significações semelhantes às que surgem nos sonhos, nas representações plásticas e nos mitos. Ocupa-se do destino das pessoas, muitas vezes, através de metáforas, predominando os momentos narrativos que suscitam um sentido psicológico secreto utilizando uma linguagem simbólica que projeta uma boa parcela da realidade psíquica…em que a imaginação permite prolongar a vida interior para além das experiências exteriores e engrandece ou encurta, em narrativas fantásticas, embeleza ou atenua o que é desagradável…concedendo maior brilho ao que é desejável, mas falseia, igualmente, as recordações dos acontecimentos reais vividos outrora? Desenhado com encontros e desencontros, com emoções mais ternurentas ou mesmo pintadas de vermelho, por vezes, rasando o amor hipotecado…são momentos de uma escrita que não deixa de ser poética e que nos toca, profundamente, a alma e os sentimentos. Manifestamente, alguma sentimentalidade que nos faz acreditar numa realidade tangível e, do mesmo modo, a imaginação ultrapassa a realidade quando é associada a um “jogo” e outras representações se investem em nós contra a nossa vontade como no sonho quando dormimos. Incide em desejos cuja satisfação no real parece assaz problemática, sendo que nos faz sentir grandiosos, fortes…versus a angústia e os obstáculos que acabam por embrulhar o drama vivido ou acabam por embelezar o êxito futuro. Tudo bem “pensado”, bem estruturado…prendendo-nos do princípio ao fim. Estas magníficas “fatias da vida” conduziram-me ao seu poema “génese” (de escuridão em escuridão, procuro o sobressalto luminoso de um verso). Parabéns! Desejo que este livro, aliás, tenho a certeza…seja mais um sucesso seu…e continue a brindar-nos com a sua bela escrita! Confie nos seus pressentimentos arquivados, porque a quem sabe esperar…o tempo abre as portas…e “Nunca Digas Adeus ao Verão”. Um abraço grato pela leitura que me proporcionou. Ana Parracho Brito
Quando leio um livro, seja de contos, seja de poesia, ou de outro género literário, procuro obviamente uma escrita de qualidade, mas também algo que me toque a sensibilidade, em que a palavra esteja ao serviço da comunicação com o leitor de forma subtil, inteligente e sentida. Encontrei tudo isso nos contos de João de Mancelos. Refiro ainda, que escrevendo também eu poesia, nem sempre é imediato apaixonar-me pela obra de um poeta. No caso de João de Mancelos pode dizer-se que foi «amor à primeira leitura». A sua musicalidade, a riqueza das suas metáforas, a forma delicada e profunda como trata os temas, sobressaindo o Amor fazem dele um autor a incluir na minha biblioteca ao lado de grandes como Eugénio de Andrade, Yeats e tantos outros.
Livro de contos envolvente. Lê-se rapidamente não só porque as histórias são cativantes mas também porque o estilo vai variando. Recomendo, sem sombra de dúvida.