Na América
de Susan Sontag
Sobre o livro
Em 1876, um grupo de amigos conduzidos por Maryna Zalezowski, a rainha do Teatro Imperial de Varsóvia, no auge da sua glória, emigra para os Estados Unidos, dirigindo-se à Califórnia para aí fundarem uma comuna «utópica» — que concebem à imagem de uma nova Brook Farm — nas proximidades da aldeia de Anaheim. Maryna, que por esta aventura renuncia à sua carreira, tem a seu lado o filho e o marido, um aristocrata em ruptura com a família. Na comitiva inclui-se ainda um jovem escritor apaixonado por ela.
A empolgante narrativa de Sontag revela-nos uma Califórnia exótica, quase desabitada ainda, à espera de quem a ocupasse, onde os europeus recém-chegados dominavam os nativos da região e os nativos americanos. Quando a comuna fracassa e a maior parte dos emigrados regressa à Polónia, Maryna permanece, aprende inglês e, sob o nome de Marina Zalenska, inicia uma nova, e ainda mais brilhante, carreira nos palcos americanos. Tornando-se numa diva a par de Sarah Bernhardt, Maryna acaba por formar a sua própria companhia e cruza o país no seu comboio privado, ano após ano, vindo a contracenar com Edwin Booth, o maior actor americano da época.
Na América, uma obra imaginativa e de extrema modernidade, é provavelmente a mais importante e mais notável de Susan Sontag, na qual a autora aborda vários temas: uma mulher em busca da sua própria transformação; a falência do idealismo; a vida do teatro; as várias faces do amor; e, não menos importante, histórias e a própria arte de contar histórias.
Diário de Notícias
«Belo, puro e ousado… Na América é, ao mesmo tempo, o retrato íntimo de uma mulher formidável e um épico pleno de imaginação e de factos históricos pouco conhecidos.»
The Washington Post
«Brilhante, original e inovador, Na América desafia todas as regras e convenções de como contar uma história.»
Time