Mãe
de Francisco Ramalheira
Grátis
Sobre o livro
Uma história de sobrevivência, violência e perda passada num mundo que, infelizmente, pode bem ser o nosso futuro.
Durante décadas, a comunidade científica avisou o mundo para os perigos das alterações climáticas. Pouco ou nada foi feito. E agora o fim aproxima-se. A maior parte do planeta já não é habitável: a água desapareceu, os solos estão inférteis, o ar é irrespirável e os cataclismos ambientais multiplicam-se.
Os sobreviventes refugiaram-se em setores protegidos por cúpulas, administrados por um Governo Mundial militarista e opressivo. É nesta nova ordem mundial que surge a Academia da Esperança, uma organização secreta que, após anos de buscas incessantes, descobre, finalmente, um planeta habitável. Uma nova oportunidade para a Humanidade.
Contudo, enquanto a Academia pretende enviar uma tripulação composta por crianças sem vícios e uma mãe, o líder do Governo Mundial prefere salvar a elite do poder. E vai fazer tudo para o conseguir. Cabe à comitiva liderada pelo cientista Matthew Krone garantir que será a jovem mãe, Margarida Travis, e as suas crianças, a terem a responsabilidade de, algures no Universo, garantirem a preservação da nossa espécie.
Há muito tempo que não lia uma Distopia tão boa. Ainda por cima de autor Português! “Mãe” surpreendeu-me muito pela positiva, com uma escrita cuidada e vê-se o rigor, cuidado e investigação que o autor teve para nos presentear com um livro que efetivamente pode vir a ser uma realidade do nosso Planeta num futuro que já pareceu mais distante. Num Mundo onde já não existe esperança de salvação, os nossos protagonistas tentam de tudo ( e não olham a meios para tal) para que a humanidade possa continuar, começando de novo em outro planeta habitável. E para isso, existe uma “Mãe” escolhida para ir com as poucas crianças que restam num Mundo que se tornou estéril, salvar e recomeçar a humanidade. A profundidade com que o autor nos retrata assuntos tão atuais como as alterações climáticas (que já agora EXISTEM está bem malta?) que junto com a ganância extrema do ser Humano acabam com a sobrevivência natural no Planeta Terra, é a mesma com que nos mostra que mesmo à beira de toda a vida na Terra acabar, os “ricos” e “privilegiados” se acham intitulados de se salvarem. Mas ainda existem Humanos bons, e esses, podem, devem e fazem toda a diferença. Amei o final, adorava que tivesse uma continuação! Aliás este livro merecia mesmo uma saga! Recomendo mesmo a leitura, a quem gosta de uma boa estória que se pode vir bem a tornar mesmo “história”.