Grátis
Sobre o livro
No volume IV das suas Obras Escolhidas, Arnaldo de Pinho dialoga com o pensamento de Leonardo Coimbra a partir duma base teológica. O leitmotiv desse diálogo é a procura do Absoluto. Já na parte conclusiva do texto, Arnaldo de Pinho, utilizando uma metáfora de Péguy, diz que ‘aquele que encontrou a foicinha foi também encarregado de colher o trigo’.
Leonardo Coimbra, ao longo do seu percurso de pensamento, encontrou os instrumentos necessários para instaurar a sua reflexão dentro do caminho que vai da memória ao sentido, das formas à vida e do contingente ao transcendente. E, com esses instrumentos, foi capaz de colher da reflexão uma solução para as questões da natureza pela afirmação da centralidade e superioridade da graça e do humanismo.
Este caminho foi percorrido num grande esforço de limpidez e coerência e em diálogo com os pensadores do seu tempo, os de cá e os de fora. Estabeleceu como primeiro momento da sua filosofia a realidade da pessoa e a continuidade da vida e da consciência como base mínima e incontestável.
Sempre em processo de dialética em espiral, e evitando a coisificação intelectual e moral, Leonardo procura alcançar o Bem o Belo e o Amor como formas de transcendência que a dor, a alegria e a graça comunicam na experiência do homem comum.