Griffu

Nascido em 1946, em Valence, França, Jacques Tardi passa os seus primeiros anos na Alemanha do pós-guerra, onde o seu pai era militar de carreira. Mais tarde, serão as atrocidades da guerra de 1914-18, a do seu avô, de origem Corsa, que assombrarão os seus sonhos de criança antes de se tornar um dos temas principais que inspiraram a sua obra. Estudante da Escola de Belas Artes de Lião, depois das Artes Decorativas de Paris, Tardi estreia-se na BD em 1969 na revista Pilote. Em 1972 lança-se na sua primeira longa história, "Rumeurs sur le Rouergue" (com argumento de Christin, editado pela Futuropolis em 1976). É em 76 que Tardi faz a sua entrada na Casterman, dando início à série das "Aventures Extraordinaires d'Adèle Blanc-Sec", do qual o sucesso não tarda. Em 1977, com argumento de Jean-Patrick Manchette, ele vai começar Griffu na revista B.D., seguindo-se-lhe d'Ici Même, com Jean Claude Forest na revista A Suivre. A partir de 1981, sempre a partir desta publicação mensal, ele adapta Nestor Burma à Banda Desenhada (a partir dos romances de Léo Malet, com os seus próprios textos), concebe "C'était la guerre des tranchées" a partir de 82 ( e acaba-o em 1993), "Tueurs de cafards" em 1983 e "Jeux pour mourir" em 1992, álbuns publicados pela Casterman. Em Janeiro de 2000, ele publica "La Débauche", álbum "anedótico-metafórico" sobre o tema do desemprego e da degradação da sociedade. O argumento é assegurado por Daniel Pennac, romancista célebre nas edições da Futuropolis/Gallimard. Quanto à série de aventuras de Adèle Blanc-Sec, o sucesso já levou ao lançamento de nove álbuns pela Casterman, tendo o último sido publicado em Novembro de1998, com o título "Le mystère des profondeurs". Paralelamente, ele realiza outras adaptações à BD de obras literárias, como sejam "Le der des ders", de Daeninckx, ou "Le Cri du Peuple", de Vautrin. (...)