Diz-Me Que És Minha
de Elisabeth Norebäck
Grátis
Sobre o livro
«Eu enterrei-te. Estivemos junto à tua lápide no cemitério. Chorámos e despedimo-nos.
Mas eu nunca deixei de te amar. Procurei-te em todas as multidões, em todos os rostos, em todos os autocarros, em todas as ruas. Ano após ano.»
Stella Widstrand é uma psicoterapeuta respeitada. Casada com um homem carinhoso, mãe de um rapaz de 13 anos, com uma casa invejável e um bom carro, parece ter tudo para ser feliz. Porém, há no seu passado um terrível acontecimento que nunca foi verdadeiramente superado.
Quando um dia Stella vê entrar no seu consultório a jovem Isabelle, suspeita de que se trata na realidade de Alice, a sua filha desaparecida durante um passeio em família cerca de vinte anos antes, e que todos julgavam morta.
Mas será realmente a filha de Stella? Estará a imaginação a pregar-lhe mais uma partida? Como poderá confirmar tal suspeita sem que a considerem louca? E se Isabelle for mesmo a sua filha, o que lhe aconteceu afinal? Como desapareceu? Para obter respostas, Stella inicia uma busca obsessiva pela verdade, colocando em risco a vida que levou vinte anos a construir.
Elisabeth Norebäck estreia-se na escrita com um thriller psicológico inquietante que evoca o amor maternal e o maior medo que uma mãe pode sentir: o da perda de um filho.
Em Diz-Me Que És Minha, o leitor assiste à luta entre prudência e loucura, passado e presente, ilusão e realidade, mas sobretudo entre vida e morte.
É um livro já com algum tempo, mas com uma história muito fascinaste, e quase interactivo, pois a escrita é como se fôssemos as personagens, conseguimos entrar nos seus pensamentos. História viciante, em que queremos saber como acaba. Muito bom.
Uma história com um ritmo alucinante, marrada pelas três personagens de uma forma de suster a respiração. Três personagens que vivem com traumas e que, no fim, encontram-se todas interligadas. O facto de não sabermos quem está a dizer a verdade torna toda a narrativa mais intensa.
Apesar de ter uma história que não surpreende por aí além, acabei completamente rendida à qualidade da escrita da autora, assim como à forma como nos prende à narrativa. E foi isso que me fez dar-lhe cinco estrelas. O facto de ser narrado a três vozes, por três protagonistas com problemas psicológicos, faz com que nos coloque na dúvida de quem é que está a dizer a verdade. Um livro que se lê num ápice, apesar das suas quatrocentas páginas.