Diário de Luto
de Roland Barthes
Sobre o livro
No dia seguinte ao da morte
da sua mãe, a 25 de Outubro
de 1977, Roland Barthes
começa um «Diário de
Luto». Escreve a tinta, e por
vezes a lápis, em fichas que
ele próprio prepara a partir
de folhas de papel A4 cortadas
em quatro, e das quais
mantém sempre uma reserva
em cima da sua mesa de trabalho.
Enquanto redige este Diário,
Roland Barthes prepara o seu
curso para o Collège de France
sobre «O Neutro» (Fevereiro-
Junho de 1978), escreve o texto
da conferência intitulada
«Longtemps je me suis couché
de bonne heure» (Dezembro de
1978), publica um grande
número de artigos em diferentes
jornais e revistas, escreve A
Câmara Clara entre Abril e
Junho de 1979, redige algumas
páginas do seu projecto «Vita
Nova» durante o Verão de 1979,
prepara o seu duplo curso para
o Collège de France sobre «La
Préparation du
roman» (Dezembro de 1978 -
Fevereiro de 1980). No princípio
de cada uma destas obras
maiores, todas elas explicitamente
postas sob o signo da
morte da mãe, encontram-se as
fichas do «Diário de Luto».