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Sobre o livro
Nos dias de hoje, por impossível que pareça, ainda encontramos assuntos da vida de Camilo que permanecem total ou parcialmente inéditos.
É um desses temas que trago ao vosso conhecimento e que consta de um lote de sete cartas escritas por Camilo entre 1872 e 1886 e dirigidas a António Pereira da Cunha, poeta e dramaturgo, Diretor do jornal "A Nação" e Presidente do Partido Legitimista.
Do património deste fidalgo constou a Torre de Cunha, o magnífico Castelo de Portuzelo e a Casa Grande, solar setecentista no centro de Paredes de Coura.
E foi "no precioso cartório da Casa Grande em Paredes de Coura onde encontrei os originais de vários testamentos e outros muitos e valiosos papeis" que me foram dadas a conhecer as cartas referidas, por meus Tios a quem dedico este opúsculo.
António Pereira da Cunha, para muitos Dom António Pereira da Cunha, marcou impressivamente a vida cultural e política portuguesa, sobretudo na segunda metade do século XIX.
Nasceu em Viana de Castelo no dia nove de Abril de 1819 e veio a falecer em Lisboa a dezoito de Abril de 1890, ou seja quarenta e quatro dias antes do suicídio de Camilo.
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, mais conhecido por Camilo Castelo Branco, foi a maior figura literária do século XIX português.
Escritor prolixo, desde que publicou o seu primeiro livro em 1845 nunca mais deixou de dar à estampa, numa insistência vertiginosa, milhares de folhas impressas que versavam romances, novelas, contos, dramas, comédias, artigos panfletários e críticas literárias ou políticas muitas vezes aceradas e ferozes de um sarcasmo sangrento e demolidor, além de que colaborou em quase todos os jornais e revistas da época.