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Sobre o livro
«Opiário» não foi apenas o poema que inaugurou, em 1915, nas páginas da Orpheu, a voz de Álvaro de Campos. Foi o poema que atribuiu a Campos, dentro da encenação heteronímica, a missão de ir ao Oriente para com ele se desiludir e o transformar numa «realidade interior».
Num panorama em que o orientalismo português continua pouco estudado no campo literário, as «Índias espirituais» referidas por Fernando Pessoa apresentam-se neste livro como uma nova viagem de descoberta, agora mais estética do que geográfica, mais poética do que concreta, a esse «Oriente ao oriente do Oriente» do famoso verso, que se assume enquanto símbolo de um horizonte comum de referências.