Alter Arquitectura
de Maurice Culot
Sobre o livro
Será inevitável que as cidades e os campos da Europa sejam objecto de uma banalização através de arquitecturas anódinas, que se impõem ainda que não sejam aceites? Será irremediável a derrota do espaço público e a vitória dos não-lugares? Estarão os estilos arquitectónicos definitivamente condenados a não ser mais do que variações conceptuais e abstractas? Será que a imitação, processo imemorial de conceção artística, se tornou sinónimo da incapacidade para criar algo novo?
Estas são as interrogações a que o livro procura responder através do exemplo de obras contemporâneas e de uma forma de interpretar a cidade e o campo ligada ao melhor da tradição construtiva europeia.
Tendo por ponto de partida as obras distinguidas com o Prix Européen d'Architecture Philippe Rothier, este livro faz a exegese de modelos de arquitectura revivalista, combinando texto e imagem. Ao contrariar os modelos atuais vigentes, desperta a atenção para as alternativas aos excessos do betão armado e à desordem do território.
De Bordéus a Moscovo, de Madrid à Aldeia da Luz, da terra firma às ilhas… tantos exemplos da máxima de Federico Fellini: «Sê regional e serás universal.» Arquiteturas tocadas pelas asas do anjo da fantasia, sensíveis ao respirar da terra, que acolhem o passado e a memória como fonte de nostalgia e prazer, mas articulando-se, também, com as necessidades do mundo moderno. São estas as questões que este livro visa responder, através de obras contemporâneas mas que vão beber a sua inspiração a modelos arquitetónicos tradicionais.