A rapariga que lia no metro
de Christine Féret-Fleury
Grátis
Sobre o livro
De segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora matutina, Juliette apanha o metro em Paris. Nesse caminho diário e rotineiro para um emprego cada vez mais rotineiro, a viagem na linha seis é a única oportunidade de que Juliette dispõe para sonhar.
Aos poucos, essa necessidade espelha-se na observação dos demais passageiros, pelo menos, daqueles que leem: a velha senhora que coleciona edições raras, o ornitólogo amador, a rapariga apaixonada que chora sempre na página 247. Com curiosidade e ternura, Juliette observa-os como se, pelas suas leituras, lhes adivinhasse as paixões, e a diversidade das suas existências pudesse dar cor à sua vida, tão monótona e previsível.
Até ao dia em que, seguindo um impulso invulgar, decide descer duas estações antes da paragem habitual - e esse gesto, aparentemente inocente e aleatório, acabará por se tornar o primeiro passo de uma experiência completamente alucinante e tão perturbadora quanto a de Alice no País das Maravilhas.
Comentários
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Um romance simples... ou talvez nem tanto!
Não, não é um portento de escrita inovativa... Sim, há algumas incongruências... e também muita ingenuidade! Mas é um daqueles romances que nos reconcilia com o dia a dia e nos recorda o valor do livro como objeto, o poder transformador do convívio com os livros (para o bem e para o mal) e como estamos todos muito mais próximos uns dos outros do que parece à primeira vista. Para o bem e para o mal... Uma ótima leitura!
Uma deliciosa história, ideal para todos aqueles que são apaixonados por livros e por ler. Christine Féret-Fleury tem um talento nato para a escrita e "A Rapariga que lia no metro" é a prova disso mesmo. Um romance que promete deixar o leitor completamente rendido à autora e à sua escrita desde o primeiro parágrafo.
A paixão pelos livros e pela leitura é o tema deste romance. Bem como o poder mágico das palavras e das histórias que neles vêm. Juntos, estes elementos têm capacidade de nos fazer reflectir, de nos fazer crescer e evoluir. E, com efeito, certo dia, motivada pela leitura, uma mulher muito especial decide quebrar a sua habitual rotina e, no caminho para o emprego, sai duas estações antes do habitual: uma decisão que mudará para sempre a sua vida e conduzirá a uma experiência completamente nova e emocionante.
O trabalho de sonho de qualquer livrólico: "passador de livros". Consiste em distribuir livros consoante a personalidade do leitor. Juliette tem um trabalho que a aborrece, até encontrar a oportunidade única de carregar e distribuir livros pelas pessoas que se cruzam com ela no metro. Uma dessas pessoas será especial e irá marcar esta história da forma mais arrasadora possível.
A rapariga que lia no metro é engraçada e mostra-nos as histórias de outras pessoas que também leem (ou não) no Metro. A história centra-se em Paris, e numa dúzia de personagens, variando entre o ambiente nas ruas e no metro (claro). Com algumas referências literárias (leia-se imensas - o que é fantástico para os amantes de livros, possivelmente demasiadas para alguns leitores), conta-nos sobre a influência que um livro pode ter na vida de uma pessoa, com impactos até na carreira profissional. Escrita fluída e muito agradável. Embora seja uma história memorável, não a considerei fantástica. As histórias podiam ter sido mais exploradas , tornando este livro com pouco mais de 150 páginas um verdadeiro romance.