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Sobre o livro
O presente texto, decorrente do discurso que Jürgen Habermas proferiu em Setembro de 1980, na cidade de Francoforte, quando foi galardoado com o Prémio Theodor W. Adorno, é de uma importância fundamental porquanto, para além de ser um texto lapidar, foi ins-pirador de uma das suas principais e mais relevantes obras: O Discurso Filosófico da Modernidade. A sintonia de pensamento que nalguns aspectos o aproxima de Adorno, é por muitos encarada como um tributo à teo- ria crítica deste filósofo. Com efeito, a afirmação de Habermas de que as promessas da era do iluminismo ainda estão por cumprir, albergando um potencial no sentido de melhorar a condição humana apesar das patologias da modernidade, vai ao encontro da teoria negativa de Adorno. Num conceito partilhado, a modernidade não pode ser reduzida a uma lógica binária baseada na coincidência e na totalização, manifestando-se antes através de uma ambivalência não linear entre o universal e o particular. O que suscita a Habermas duas questões fulcrais: Será a Modernidade tão passé como afirmam os pós-modernos? Ou será a tão proclamada Pós-Modernidade, pelo seu lado, simplesmente phony?