A Liga da Chave Dourada
As espantosas aventuras de Kavalier & Clay
de Michael Chabon
Sobre o livro
Um exuberante triunfo da linguagem e da imaginação, um belíssimo romance no qual as aventuras tragicómicas de dois jovens génios revelam muito do que aconteceu à América em meados do século XX. À semelhança de American Pastoral, de Phillip Roth, e Underworld, de Don DeLillo, As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay é um romance de dimensão épica que abarca diferentes épocas e continentes, uma verdadeira obra-prima assinada por um dos mais talentosos ficcionistas americanos da actualidade.
Estamos em Nova Iorque em 1939. Joe Kavalier, jovem artista versado na arte da evasão houdiniesca, acaba de realizar a sua maior façanha até ao momento: escapar clandestinamente da Praga ocupada pelos nazis. Está determinado a fazer fortuna para poder trazer a família para a liberdade. O primo, um rapaz de Brooklyn chamado Sammy Clay, procura um colaborador para criar os heróis, histórias e desenhos da última novidade a atingir o mundo de sonhos americano: as revistas de quadradinhos. Com as suas fantasias, medos e sonhos, Joe e Sammy tecem a lenda desse herói inesquecível - o Escapista. E, inspirados pela bela e esquiva Rosa Saks, uma mulher que ficará ligada a ambos por poderosos laços de desejo, amor e vergonha, criam a sobrenatural Senhora da Noite, Luna. Enquanto a sombra de Hitler se estende sobre a Europa e o mundo, a idade de ouro da banda desenhada começa.
Jonathan Yardley, The Washington Post Book World
«Chabon tem páginas de ficção, por vezes de uma perfeição deslumbrante.»
Michael Carroll, Los Angeles Time Book Review
The Amazing Adventures os Kavalier & Clay (2000), Prémio Pulitzer de Ficção em 2001, foi publicado em Portugal com o título A Liga da Chave Dourada. Coloca em cena Samuel Louis Klayman e Josef Kavalier, dois primos de origem judaica que tornar-se-ão numa das mais famosas duplas de revistas de quadradinhos. A acção decorre entre 1939, quando Joe Kavalier chega aos EUA vindo da República Checa, e 1954, ano em que a influência dos super-heróis sobre a juventude começou a ser questionada. Joe deixou para trás a família, carregando consigo a vontade de os libertar das garras nazis. Sammy, espantado com as qualidades do primo para o desenho, abriu-lhe as portas do universo das revistas de quadradinhos. Do encontro entre ambos surgirá o Escapista, super-herói inspirado em Harry Houdini. Chabon oferece-nos um quadro que coloca ao mesmo nível o plano das possibilidades, vinculado ao real, e o dos heróis, assente na necessidade de fuga à realidade. Alicerçada no ilusionismo, a mente juvenil destes criadores oferecia a quem os lesse a possibilidade de escapar. Mas mais que isso, oferecia aos próprios um modo de evasão que era, também, o sonho de poderem estar de algum modo a combater os inimigos que haviam deixado numa Europa distante, mas presente.