A Divina Lampreia
de Mário Varela Soares
Grátis
Sobre o livro
Camões, em suas rimas e líricas, não deixa de
anotar o comportamento da lampreia que habita,
por entre as pedras, sob a clara água dos
rios portugueses, inquietos e deslizantes (...)
No séc. XVII os preceitos alimentares do judaísmo
vedavam aos crentes a carne de porco, lebre
e coelho, e ainda o peixe sem escamas, incluindo
a lampreia. Todavia, a sua presença na
mesa dos ricos e poderosos
impõe-se e persevera,
deixando testemunho na
própria literatura. Na "Cidade
e as Serras" impõe-se
o famoso escabeche que
Eça de Queirós tão bem
descreve. Por sua vez
Afonso Lopes Vieira recorda
noitadas de Coimbra
no Julião das Iscas.
A argúcia dos monarcas levava-
os ao extremo de armadilhar
os caneiros, o
que lhes permitia monopolizar o consumo da exótica lampreia. Em
Montemor-o-Velho os pescadores por volta de
1423, no reinado de D. João I, tentaram prevaricar,
ao que o monarca respondeu com a condenação
ao enforcamento. Estranhos costumes o
de morrer por uma lampreia! Dito isto, a fome
na época era abundante...
Em Portugal este bizarro manjar é muito requisitado
em especial na região
do Mondego e seus
afluentes e mais a norte
do rio Minho ao Lima considerado
um icone da gastronomia
nacional.
Estamos na época da lampreia.
Este livro A Divina Lampreia de Mário Varela
Soares é um precioso
manual de receitas gastronómicas,
uma viagem
gourmet da Lampreia à
Bordalesa à Lampreia à
moda do Minho.