A Cor Do Invisível
de Mário Quintana
Sobre o livro
'A cor do invisível', de Mario Quintana, foi um dos últimos livros que Quintana publicou ainda em vida, em 1989. O livro recolhe 72 poemas, geralmente breves e em versos livres. Há também diversos haikais, algumas trovas, novas versões de poemas anteriores, e mesmo um soneto incomum, todo constituído com versos de uma só sílaba. Na mesma linha de concisão, que sempre caracterizou Quintana, alguns poemas 'minimalistas' são de um único verso, a modo de sentença ou máxima, em busca de uma pequena filosofia para o cotidiano. Curiosamente, o poeta incluiu quatro poemas com as datas em que foram escritos, todos muito antigos e que permaneciam inéditos, sendo o mais antigo um soneto de 1923, quando ele contava com apenas dezesseis anos. Os outros são - um soneto de 1924, um poema de 1934 e outro soneto de 1935. Sempre provocando o riso, em quase todos os poemas, o autor não deixa de materializar a tristeza, ao transmutar a natureza revisitando luas, uma aranha ou estações do ano, revelar a dura face da cidade presente, ou eternizar um momento de beleza fugaz e anônima. Acompanha a edição uma 'Bibliografia do autor' (que inclui obra publicada no Brasil e no exterior, participações em antologias nacionais e estrangeiras, obras do autor traduzidas e obras traduzidas pelo autor), uma 'Bibliografia selecionada sobre o autor', e uma 'Cronologia' de sua vida e obra.