Sobre o livro
Quando, em junho de 2013, Edward Snowden revelou que a Agência de Segurança Nacional norte-americana havia espiado milhões de pessoas, incluindo chefes de Estado, descobriu-se que ninguém havia escapado a esta operação de espionagem, nem mesmo Jorge Mario Bergoglio ou os cardeais que haviam eleito o novo Papa.
Nada de novo para as organizações de serviços de informação dos Estados Unidos, que sempre consideraram o Vaticano, com a sua densa rede de relações diplomáticas, uma das principais e mais fiáveis fontes de informação sobre o que se passa em todo o mundo. Ou seja, um Estado cujo peso político em assuntos internos de outros países tem sido inversamente proporcional ao seu tamanho.
Neste livro, Eric Frattini mostra como as agências norte-americanas, e a CIA em particular, têm registado, estudado, recolhido informação e
comentado os movimentos e declarações de todos os papas, desde Pio XII até Francisco. A partir da análise de mais de 300 documentos - telegramas, cartas ou documentos de arquivo classificados como «confidenciais», «secretos» ou «privados» -, são percorridos mais de trinta anos de política da Santa Sé, destacando-se os momentos e os
movimentos a que os Estados Unidos dedicaram mais atenção.
Um documento rico e detalhado sobre o trabalho dos agentes e analistas da CIA que confirma que o pequeno Estado dominado pela cúpula de São Pedro tem sido, para o serviço de inteligência norte-americano, um dos mais intrigantes e misteriosos Estados do planeta.