Holocausto
de Irene Pimentel
Sobre o livro
Quando ocorreu a Shoá e que etapas levaram a esse crime? Quando souberam os Aliados e o mundo da Shoá, e poder-se-ia tê-la evitado? Como e quando soube o governo português do genocídio nazi dos judeus europeus? Esteve também Portugal, embora neutral, na rota da Shoá? Como foram descobertos os campos de concentração e de extermínio e de que forma foram julgados os criminosos nazis? E a opinião pública portuguesa, a viver em ditadura, quando e o que soube?
«É para desfazer confusões, contribuindo para um conhecimento maior da Shoá, e também do papel de Portugal face a esse terrível acontecimento, com base na minha própria investigação, mas também na profusa bibliografia existente sobre o tema, em geral, e relativamente a Portugal, em particular, que proponho este livro.»
Dividido em duas partes, este excelente livro de História é de um rigor e de uma utilidade que ninguém pode renegar. Basta, aliás, conhecer o trabalho rigoroso e de extrema qualidade que a autora dedica à História Contemporânea. Para desfazer uma confusão, como a própria historiadora e outros defendem, há uma diferença entre obras que se dedicam ao criminoso extermínio sistemático dos Judeus, que deve ser designado por uma palavra hebraica, Shoá. Os restantes variados crimes cometidos por nazis e seus aliados, a esses deve-se empregar a terminologia de Holocausto. Na primeira parte, o leitor tem um curso rigoroso e completo sobre o Shoá feito por Irene Pimentel que documenta todas as suas informações. A segunda parte, Irene Pimentel dedica-a aos reflexos dessa perversão no governo do Estado Novo e em Salazar. Citando a própria autora, ou uma crítica algures lida a esta obra, deveria ser obrigatória a sua leitura aos professores que hoje a disciplina de História.