Sobre o livro
Durante um festim na Babilónia, por entre risos e música, Alexandre, o Grande, cai subitamente por terra, febril. Os seus generais cercam-no, receiam o fim mas preparam já a sucessão, disputando a sua herança e o privilégio de dispor dos seus restos mortais. Um estranho mensageiro parte dos confins da Índia rumo a Babilónia. E, num templo longínquo, uma mulher jovem de sangue real é de novo chamada para junto do homem que derrotou o seu pai.
O dever e a ambição, o amor e a fidelidade, o luto e a errância conduzem as personagens à embriaguez de uma última cavalgada. Numa escrita de fôlego épico, A última viagem segue o cortejo fúnebre do grande imperador, libertando-o da História e abrindo-lhe a infinitude da lenda.
A dimensão poética e literária desta pequena obra contrasta diametralmente com o seu pequeno tamanho. De uma beleza e lirismo fora do comum, uma escrita despretenciosa mas cuidada, lê-se de uma penada e é daqueles que nos deixa cheios de saudades ao virar da última página. Não sendo obrigatório, ter a noção da vida de Alexandre o Grande, principalmente dos seus ultimos anos de vida, da sua morte e de tudo o que aconteceu posteriomente, ajuda ao melhor desfrute da leitura, mas de qualquer modo, recomendo vivamente...