William Lindsay Gresham
Biografia
William Lindsay Gresham (1909-1962) nasceu em Baltimore e concluiria os estudos em Brooklyn, em 1926. Gresham tinha uma mente torturada e teve uma vida atormentada, e, ao tentar livrar-se dos seus demónios, perdeu-se num labirinto daquilo que para ele viriam a ser becos sem saída, desde o marxismo à psicanálise, ao cristianismo, aos Alcoólicos Anónimos, ao budismo zen Rinzai. Desses demónios emergiria o seu romance Beco das Almas Perdidas (1946), um dos clássicos underground<7i> da literatura americana.
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Beco das Almas Perdidas
Um clássico esquecido da América da era da Depressão agora também num filme realizado por Guillermo del Toro. Inédito em Portugal, Beco das Almas Perdidas é um dos grandes clássicos do noir americano da década de 1940, agora adaptado ao cinema por Guillermo del Toro. Uma obra-prima comparável a romances como As Vinhas da Ira, de Steinbeck, pela sua capacidade de traduzir literalmente as sombras da Grande Depressão.
Beco das Almas Perdidas começa com a extraordinária descrição de um tragabichos - alcoólico e abjeto, alvo do deleitado nojo e escárnio da multidão voyeurista - durante a sua atuação numa feira de província. O jovem Stan Carlisle também trabalha nessa feira e pergunta a si mesmo como é que um homem pode descer tão baixo. Nunca na vida, jura ele, lhe há de acontecer tal coisa.
E uma vez que, além de esperteza e ambição, Stan não é desprovido de um vantajoso laivo de falta de compaixão, em breve começa a dar-se bem. Em palco, ele é o mentalista com uma bonita assistente (que não tarda a tornar-se a sua atormentada mulher), sendo que depois se converte num consumado espiritista, ao serviço dos ricos e crédulos nas suas casas bem mobiladas. Parece que o mundo está ao dispor de Stan. Pelo menos por enquanto.
Beco das Almas Perdidas começa com a extraordinária descrição de um tragabichos - alcoólico e abjeto, alvo do deleitado nojo e escárnio da multidão voyeurista - durante a sua atuação numa feira de província. O jovem Stan Carlisle também trabalha nessa feira e pergunta a si mesmo como é que um homem pode descer tão baixo. Nunca na vida, jura ele, lhe há de acontecer tal coisa.
E uma vez que, além de esperteza e ambição, Stan não é desprovido de um vantajoso laivo de falta de compaixão, em breve começa a dar-se bem. Em palco, ele é o mentalista com uma bonita assistente (que não tarda a tornar-se a sua atormentada mulher), sendo que depois se converte num consumado espiritista, ao serviço dos ricos e crédulos nas suas casas bem mobiladas. Parece que o mundo está ao dispor de Stan. Pelo menos por enquanto.