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Micróbios
Micróbios mortais espalhados em ruas de intensa vida comercial, pequenas bombas que vomitam esporos do carbúnculo sobre os campos de batalha, frasquinhos que espalham a peste numa artéria urbana de grande movimento (por exemplo, em plena Times Square, em Nova Iorque) — eis aqui apenas alguns casos em que são visíveis manifestações daquilo a que poderemos chamar «as bombas de hidrogénio dos pobres», autênticas (e horríveis) armas de destruição maciça, embora quase ao alcance de todos, pois podem ser produzidas num simples laboratório.
Este livro foi publicado nos Estados Unidos, por impressionante coincidência, no próprio dia dos ataques às torres do World Trade Center de Nova Iorque e constitui uma notável obra de jornalismo de investigação. Os seus três autores apenas pretenderam pôr a nu a verdade acerca das armas biológicas e explicar por que razões a guerra biológica e o bioterrorismo rapidamente podiam tornar-se o pior dos pesadelos para os Americanos.
É assim que termos bem antigos — como carbúnculo (anthrax) e antraz, peste e varíola — já ganharam uma nova dimensão: a do receio, do medo, do pavor e da angústia.