Victor Gil
Biografia
Victor Gil nasceu em 1939, na aldeia de Santana, Figueira da Foz. Filho de uma costureira e de um agricultor, na escola primária, era o melhor aluno. "Eu sentia essa responsabilidade, a de ser bom aluno e ter boas notas", dizia. Foi no Liceu D. João III, em Coimbra, que se lhe despertou a curiosidade pela energia nuclear, tendo enveredado pelo curso de Ciências Físico-Químicas na Universidade de Coimbra. Durante a licenciatura, foi convidado a estudar espetroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN). Doutorou-se em 1965, na Universidade de Sheffield, Inglaterra. De volta a Coimbra, criou em 1966 o primeiro laboratório de espetroscopia de RMN em Portugal. Foi depois convidado a liderar a Comissão Instaladora da Universidade de Aveiro, tendo sido o seu primeiro Reitor (1973-77). Foi professor catedrático em Aveiro até voltar à Universidade de Coimbra em 1982, aposentando-se em 2002. Manteve sempre estreitos laços com a Universidade de Aveiro, presidindo ao Conselho de Ética e Deontologia até 2018.
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Temas de Ética
«Passado o tempo das revoluções, em que a brutalidade do sangue derramado era o próprio sustento das mudanças […] estamos a viver uma verdadeira revolução cultural, que é insidiosa, mas persistente e com não menor profundidade. Muitas decisões, com fortíssimas implicações sociais, pessoais e até civilizacionais, são tomadas sem uma reflexão consistente que mobilize a inteligência e a cultura nos limites do possível. Vivemos uma inundação de um relativismo frequentemente imediatista, aceite tantas vezes por inércia ou incapacidade de produzir pensamento. Surgem novas ideologias que rapidamente se tornam moda como que preenchendo um vácuo em tantos que, na correria barulhenta, deixam atrás de si e dentro de si um rasto de quase nada. […]
A ética, mais ainda que o direito que ela própria devia inspirar, tem de continuar a ser o alicerce fundador da cidade. a ética, tantas vezes arredada das decisões, tem de ser convocada sempre.
Precisamos de parar. Precisamos de silêncio que permita ouvir a voz do pensamento.
Este livro é um apelo e um apego à lucidez. […]»
Este livro é um apelo e um apego à lucidez. […]»