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Um Silêncio de Sombras
Este novo romance de Silvério Manata é um
verdadeiro convite à leitura que se saboreia, para apreciadores de boas narrativas,
atravessando vários planos temporais e acontecimentos diversos, numa combinação hábil.
Um retrato ficcional de uma época e, ao mesmo tempo, uma história de amor que se
revela aos poucos, cativando o leitor da primeira à última página.
Excerto:
«Domingo. Amanheci esdrúxulo. Amarrado aos lençóis, analisei o projeto da firma religiosa, achei-o absurdo; a chuva persistente aguou-o, aguou-me. Os pingos batiam na janela, transpunham a vidraça, insinuavam-se-me nos poros, repassavam-me. Chovia-me por dentro. Procurei as horas no telemóvel. Não o encontrei. Vasculhei a casa: sumira-se, furtado ou perdido, no rebuliço da noitada. Almejei fugir dali. Animei-me na ideia de ser no dia seguinte.»
Excerto:
«Domingo. Amanheci esdrúxulo. Amarrado aos lençóis, analisei o projeto da firma religiosa, achei-o absurdo; a chuva persistente aguou-o, aguou-me. Os pingos batiam na janela, transpunham a vidraça, insinuavam-se-me nos poros, repassavam-me. Chovia-me por dentro. Procurei as horas no telemóvel. Não o encontrei. Vasculhei a casa: sumira-se, furtado ou perdido, no rebuliço da noitada. Almejei fugir dali. Animei-me na ideia de ser no dia seguinte.»