Robert Kurz
Biografia
Robert Kurz (1943-2012) estudou Filosofia, História e Pedagogia. Viveu em Nuremberga como publicista autónomo, autor e jornalista. Foi cofundador e redator das revistas teóricas Krisis e EXIT! Crítica e Crise da Sociedade da Mercadoria, tendo-se debruçado sobre a desconstrução do sistema mundial capitalista, a teoria da crise e da modernização, a crítica do Iluminismo e a relação entre cultura e economia. Publicou uma dezena de livros e centenas de ensaios em jornais e revistas, que o tornaram célebre da Alemanha ao Brasil.
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A Honra Perdida do Trabalho
Neste texto pioneiro e provocador, publicado na revista Krisis em 1991 (e redigido no Outono de 1989, enquanto milhares de alemães escapavam ao socialismo real), Robert Kurz apresenta a crítica do trabalho como condição indispensável da crítica do capitalismo. Para isso, analisa em detalhe as categorias «trabalho» e «troca», ao mesmo tempo que esboça algumas das ideias que iria explorar nas décadas seguintes. Em primeiro lugar, a questão do «duplo Marx», que se tornaria um princípio essencial da crítica do valor.
Em segundo lugar, a crítica do sujeito, enquanto forma social historicamente específica da sociedade da mercadoria. Em terceiro lugar, a crítica do Iluminismo, entendido como expressão ideológica legitimatória das categorias do capitalismo. Em quarto lugar, a crítica do dinheiro, assumindo a crítica marxiana do dinheiro como «mercadoria à parte» e em frontal oposição às críticas ideológicas pequeno-burguesas. E, finalmente, a questão da crise ecológica, já pensada em conexão com a indife-rença destrutiva do fetiche do trabalho abstracto.
Em segundo lugar, a crítica do sujeito, enquanto forma social historicamente específica da sociedade da mercadoria. Em terceiro lugar, a crítica do Iluminismo, entendido como expressão ideológica legitimatória das categorias do capitalismo. Em quarto lugar, a crítica do dinheiro, assumindo a crítica marxiana do dinheiro como «mercadoria à parte» e em frontal oposição às críticas ideológicas pequeno-burguesas. E, finalmente, a questão da crise ecológica, já pensada em conexão com a indife-rença destrutiva do fetiche do trabalho abstracto.