Quintino Manuel Junqueira Lopes
Biografia
Quintino Lopes é doutorado em História e Filosofia da Ciência pela Universidade de Évora. Autor do livro A europeização de Portugal entre guerras. A Junta de Educação Nacional e a investigação científica, tem publicado artigos e capítulos de livros em Portugal e no estrangeiro, e participado em diversos projetos de investigação nacionais e internacionais. Em 2018 recebeu o Prémio "Publicações Internacionais de Jovens Investigadores", atribuído pela Associação Portuguesa de História Económica e Social. É investigador integrado do Instituto de História Contemporânea - Grupo de Investigação Ciência (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa; Universidade de Évora), onde desenvolve a sua atividade centrada na História científico-institucional do Portugal entre guerras e do pós-II Guerra Mundial, numa perspetiva comparativa e transnacional.
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Uma Periferia Global
O Laboratório de Fonética Experimental da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra era considerado em meados do século XX o mais avançado da Europa. Nas suas salas investigaram e especializaram-se nos inovadores instrumentos e métodos de investigação criados pelo seu director, Armando de Lacerda, cientistas das universidades de Harvard, Paris, Cambridge, Bona, Texas, Toulouse, Milão, Salvador da Bahia, Madrid, Acra, Uppsala, Oslo, Rio de Janeiro, Barcelona e Edimburgo.
Como se explica que num país considerado periférico e cientificamente atrasado existisse esta infraestrutura de investigação? Quem foram os cientistas que se especializaram nas suas salas? Qual o impacto dos trabalhos deste laboratório na ciência e na sociedade? Em que consistiram e qual foi o percurso das técnicas e instrumentos criados por Armando de Lacerda desde 1931?
O livro responde a estas e outras questões, mas a actividade deste laboratório e a sua projecção global, que nos conduziu à identificação de fontes históricas na Europa, EUA, América do Sul e Austrália, torna este estudo meramente exploratório.
A convicção de que Armando de Lacerda antecipou as tecnologias de síntese e reconhecimento da fala, manifestada por um discípulo seu em Harvard, é apenas um exemplo de pistas que este trabalho desvela.
Como se explica que num país considerado periférico e cientificamente atrasado existisse esta infraestrutura de investigação? Quem foram os cientistas que se especializaram nas suas salas? Qual o impacto dos trabalhos deste laboratório na ciência e na sociedade? Em que consistiram e qual foi o percurso das técnicas e instrumentos criados por Armando de Lacerda desde 1931?
O livro responde a estas e outras questões, mas a actividade deste laboratório e a sua projecção global, que nos conduziu à identificação de fontes históricas na Europa, EUA, América do Sul e Austrália, torna este estudo meramente exploratório.
A convicção de que Armando de Lacerda antecipou as tecnologias de síntese e reconhecimento da fala, manifestada por um discípulo seu em Harvard, é apenas um exemplo de pistas que este trabalho desvela.