Pierre Christin
Biografia
Pierre Christin nasceu em 1938 nos arredores de Paris. Em criança, apaixonou-se pelos números de Détective e as capas ilustradas de «Radar».
Nos anos 1960, entre as suas atividades como pianista de jazz e os seus primeiros trabalhos de jornalismo, de tradução e escrita, parte à descoberta do Oeste americano. Lá, entusiasma-se tanto pela vida nos ranchos e pelas autoestradas urbanas como pela ficção científica, o romance policial e a música negra, que está então no seu apogeu.
Em 1967, assina, com Jean-Claude Mézières, a primeira aventura de Valérian, sem imaginar a longevidade futura do seu herói.
Traduzido em vinte línguas, Valérian foi rapidamente considerada uma série de vanguarda e inspirou numerosos autores e realizadores, entre os quais George Lucas e, claro, Luc Besson, que dirigiu uma adaptação ao cinema, em julho de 2017: Valérian et la Cité des mille planètes.
Em 1968, foi nomeado para a Universidade de Bordéus onde criou o IUT de Jornalismo, de que foi sempre um dos animadores.
Nos anos 1970-1980, em «Pilote», escreveu para Jacques Tardim François Boucq, Jean Vern e muitos outros — seis dezenas de álbuns nos quais experimenta todos os géneros. Guarda a sua vertente otimista - leia-se utópica - para o seu velho amigo Mézières, de quem aprecia a clareza narrativa e o humor jubiloso. Os temas mais sérios, alimentados por investigações no que ainda era nessa época o bloco comunista, trata-os com Enki Bilal, em álbuns que se tornaram grandes clássicos da banda desenhada política, como Les Phalanges de l’ordre Noir (Dargaud, 1979) ou Partie de chasse (Dargaud, 1983). Com Annie Goetzinger, exprime uma sensibilidade completamente diferente em retratos de mulheres, intrigas intimistas, à imagem da La Demoiselle de la Légion d’honneur (Dargaud, 1980) ou de Paquebot (Dargaud, 1999).
Grande viajante, faz uma primeira viagem pelo hemisfério Norte em 1992. Um périplo que narra em L’Homme qui fai le tour du Monde (Dargaud 1994), ilustrado por Max Cabanes e Philippe Aymond. Renova a experiência em 1999, passando desta vez pelo hemisfério sul. Mas, com frequência, os seus passeios não o levam mais longe do que Paris: a volta à cidade seguindo os carris abandonados da pequena cintura (La Voyageuse de petite ceinture, Dargaud, 1985, com Annie Goetzinger), ou da pequena coroa, em bicicleta (La Bonne vue, tomo 5 das Correspondances, Dargaud, 1999, com Max Cabanes). Sem nunca esquecer a banda desenhada, Christin experimenta outras formas de escrita. Nos seus romances, também evoca tanto a aventura citadina (ZAC e Rendez-vous en ville) como os mergulhos nas profundezas do território francês (L’Or du zinc). Com a coleção Les Correspondances de Pierre Christin (Dargau, 1997-2002), explora outras relações entre texto e desenho. Para estes álbuns, trabalha, entre outros, com Patrick Lesueur, Jacques Ferrandez, Jean-Claude Denis, Alexis Lemoine e Enki Bilal.
Em 2006, assina com o talentoso André Juillard o primeiro volume da saga Lena (Dargaud), cujo terceiro tomo saiu em 2020.
Em 2019, saiu o segundo tomo de L’Avenir esta avance, no qual Mézières e Christin revisitam na companhia de Valérian e Laureline alguns episódios míticos das mais célebres séries da ficção científica francesa.
O círculo fechou-se, Mézières e o seu cúmplice de sempre estão a caminho de novas aventuras...
Vence o prémio Goscinny 2019 outorgado pelo festival internacional de banda desenhada de Angoulême pelo seu álbum autobiográfico Est/Ouest (Dupuis, 2018) desenhado por Philippe Aymond, e também pelo conjunto da sua obra.
Considerando que, para viver feliz, é necessário viver muito, mas escondido, teria adorado viver cem vidas em cem cidades e ter outras tantas identidades...
Nos anos 1960, entre as suas atividades como pianista de jazz e os seus primeiros trabalhos de jornalismo, de tradução e escrita, parte à descoberta do Oeste americano. Lá, entusiasma-se tanto pela vida nos ranchos e pelas autoestradas urbanas como pela ficção científica, o romance policial e a música negra, que está então no seu apogeu.
Em 1967, assina, com Jean-Claude Mézières, a primeira aventura de Valérian, sem imaginar a longevidade futura do seu herói.
Traduzido em vinte línguas, Valérian foi rapidamente considerada uma série de vanguarda e inspirou numerosos autores e realizadores, entre os quais George Lucas e, claro, Luc Besson, que dirigiu uma adaptação ao cinema, em julho de 2017: Valérian et la Cité des mille planètes.
Em 1968, foi nomeado para a Universidade de Bordéus onde criou o IUT de Jornalismo, de que foi sempre um dos animadores.
Nos anos 1970-1980, em «Pilote», escreveu para Jacques Tardim François Boucq, Jean Vern e muitos outros — seis dezenas de álbuns nos quais experimenta todos os géneros. Guarda a sua vertente otimista - leia-se utópica - para o seu velho amigo Mézières, de quem aprecia a clareza narrativa e o humor jubiloso. Os temas mais sérios, alimentados por investigações no que ainda era nessa época o bloco comunista, trata-os com Enki Bilal, em álbuns que se tornaram grandes clássicos da banda desenhada política, como Les Phalanges de l’ordre Noir (Dargaud, 1979) ou Partie de chasse (Dargaud, 1983). Com Annie Goetzinger, exprime uma sensibilidade completamente diferente em retratos de mulheres, intrigas intimistas, à imagem da La Demoiselle de la Légion d’honneur (Dargaud, 1980) ou de Paquebot (Dargaud, 1999).
Grande viajante, faz uma primeira viagem pelo hemisfério Norte em 1992. Um périplo que narra em L’Homme qui fai le tour du Monde (Dargaud 1994), ilustrado por Max Cabanes e Philippe Aymond. Renova a experiência em 1999, passando desta vez pelo hemisfério sul. Mas, com frequência, os seus passeios não o levam mais longe do que Paris: a volta à cidade seguindo os carris abandonados da pequena cintura (La Voyageuse de petite ceinture, Dargaud, 1985, com Annie Goetzinger), ou da pequena coroa, em bicicleta (La Bonne vue, tomo 5 das Correspondances, Dargaud, 1999, com Max Cabanes). Sem nunca esquecer a banda desenhada, Christin experimenta outras formas de escrita. Nos seus romances, também evoca tanto a aventura citadina (ZAC e Rendez-vous en ville) como os mergulhos nas profundezas do território francês (L’Or du zinc). Com a coleção Les Correspondances de Pierre Christin (Dargau, 1997-2002), explora outras relações entre texto e desenho. Para estes álbuns, trabalha, entre outros, com Patrick Lesueur, Jacques Ferrandez, Jean-Claude Denis, Alexis Lemoine e Enki Bilal.
Em 2006, assina com o talentoso André Juillard o primeiro volume da saga Lena (Dargaud), cujo terceiro tomo saiu em 2020.
Em 2019, saiu o segundo tomo de L’Avenir esta avance, no qual Mézières e Christin revisitam na companhia de Valérian e Laureline alguns episódios míticos das mais célebres séries da ficção científica francesa.
O círculo fechou-se, Mézières e o seu cúmplice de sempre estão a caminho de novas aventuras...
Vence o prémio Goscinny 2019 outorgado pelo festival internacional de banda desenhada de Angoulême pelo seu álbum autobiográfico Est/Ouest (Dupuis, 2018) desenhado por Philippe Aymond, e também pelo conjunto da sua obra.
Considerando que, para viver feliz, é necessário viver muito, mas escondido, teria adorado viver cem vidas em cem cidades e ter outras tantas identidades...
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Orwell
George Orwell foi um dos escritores mais célebres do século XX. Tornou-se famoso graças a obras como O Triunfo dos Porcos ou 1984 (que escreveu em 1948) onde antecipa, há mais de 70 anos com o seu profético Big Brother, o controlo dos media, a Internet e a manipulação dos dados pessoais.
Mas a vida de George Orwell é tão apaixonante quanto os seus livros: é a vida de um homem sempre à frente do seu tempo, que estudou em Etron, que foi polícia na Birmânia, jornalista, anti estalinista e que combateu na Guerra Civil Espanhola ao lado das milícias do POUM.
É esta vida fora do comum que Pierre Christin (argumentista, entre outras, da mítica série Valérian), e Sébastien Verdier revisitam, dando-nos a conhecer os aspectos mais relevantes da vida do escritor e a forma como estes influenciaram a sua obra literária.
Inicialmente publicada em 2019, Orwell, a biografia desenhada que a Ala dos Livros agora apresenta, é uma obra prodigiosa que conta com autores convidados como Guarnido, Butch, Manu Larcenet ou Enki Bilal.
Mas a vida de George Orwell é tão apaixonante quanto os seus livros: é a vida de um homem sempre à frente do seu tempo, que estudou em Etron, que foi polícia na Birmânia, jornalista, anti estalinista e que combateu na Guerra Civil Espanhola ao lado das milícias do POUM.
É esta vida fora do comum que Pierre Christin (argumentista, entre outras, da mítica série Valérian), e Sébastien Verdier revisitam, dando-nos a conhecer os aspectos mais relevantes da vida do escritor e a forma como estes influenciaram a sua obra literária.
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