Pedro Mota Curto
Biografia
Pedro Mota Curto é Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e doutorando em História da Expansão e dos Descobrimentos, pela mesma faculdade.
Exerce as funções de professor de História dos ensinos básico e secundário desde 1983 e de presidente do Conselho Executivo da Escola Infante D. Pedro (Buarcos, Figueira da Foz) desde 1999. É ainda formador de professores desde 1997.
Para além do livro «A Escola e a Indisciplina» (Porto Editora, 1998), é ainda autor de centenas de artigos de âmbito pedagógico, de opinião, científicos e de divulgação, nomeadamente nos jornais A Voz da Figueira e O Figueirense. Tem participado como conferencista em colóquios e congressos realizados em Portugal e em Itália.
Exerce as funções de professor de História dos ensinos básico e secundário desde 1983 e de presidente do Conselho Executivo da Escola Infante D. Pedro (Buarcos, Figueira da Foz) desde 1999. É ainda formador de professores desde 1997.
Para além do livro «A Escola e a Indisciplina» (Porto Editora, 1998), é ainda autor de centenas de artigos de âmbito pedagógico, de opinião, científicos e de divulgação, nomeadamente nos jornais A Voz da Figueira e O Figueirense. Tem participado como conferencista em colóquios e congressos realizados em Portugal e em Itália.
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História dos Portugueses na Etiópia (1490-1640)
Desde o longínquo século XII que os europeus procuravam o mítico reino do Preste João. Talvez nunca o tenham encontrado, mas o certo é que a documentação portuguesa dos séculos XV, XVI e XVII sempre se referiu à Etiópia como o chamado reino do Preste João.
Este sonho foi sempre acarinhado e mitificado desde o início da expansão portuguesa. A ele se referiram o Infante D. Henrique e o Infante D. Pedro. A ele se dedicou D. João II. Por ele se esforçou D. Manuel. Por ele trabalhou D. João III. Só D. Sebastião se dedicou a outros sonhos, em detrimento do que pensavam os seus antecessores.
A expansão portuguesa ia revelando um novo mundo que cada vez se agigantava mais, acentuando as nossas fraquezas e debilidades. Portugal não tinha qualquer possibilidade de dominar ou de controlar a maior parte das regiões que conheceu.
Também a Etiópia estava demasiado longe e era pouco acessível. O Preste João foi um mito que do século XII ao século XVII se foi dissipando. Neste processo foi acompanhado por uma Etiópia que também foi mito e esperança, para acabar em desilusão e isolamento. Quando os mitos se materializam nem sempre tomam a forma que mais desejaríamos. Ou então, o mito vale por si próprio. Quando se dissipa, perde o encanto. Talvez porque a beleza de um mito é sempre superior à da realidade.
Este sonho foi sempre acarinhado e mitificado desde o início da expansão portuguesa. A ele se referiram o Infante D. Henrique e o Infante D. Pedro. A ele se dedicou D. João II. Por ele se esforçou D. Manuel. Por ele trabalhou D. João III. Só D. Sebastião se dedicou a outros sonhos, em detrimento do que pensavam os seus antecessores.
A expansão portuguesa ia revelando um novo mundo que cada vez se agigantava mais, acentuando as nossas fraquezas e debilidades. Portugal não tinha qualquer possibilidade de dominar ou de controlar a maior parte das regiões que conheceu.
Também a Etiópia estava demasiado longe e era pouco acessível. O Preste João foi um mito que do século XII ao século XVII se foi dissipando. Neste processo foi acompanhado por uma Etiópia que também foi mito e esperança, para acabar em desilusão e isolamento. Quando os mitos se materializam nem sempre tomam a forma que mais desejaríamos. Ou então, o mito vale por si próprio. Quando se dissipa, perde o encanto. Talvez porque a beleza de um mito é sempre superior à da realidade.