Nuno Alexandre Ferreira
Biografia
Nuno Alexandre Ferreira nasceu em Torres Vedras em 1973.
Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Sociologia na Universidade Nova de Lisboa.
Desde 2004 que colabora com João Pedro Vale em projetos que vão desde a escultura à fotografia, passando pela curadoria de exposições, performances e filmes.
Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Sociologia na Universidade Nova de Lisboa.
Desde 2004 que colabora com João Pedro Vale em projetos que vão desde a escultura à fotografia, passando pela curadoria de exposições, performances e filmes.
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1983
«Uma cama de alarme antes da eternidade»
Mário Cesariny, «O Navio de Espelhos», in Titânia e a Cidade Queimada, 1977
1983 é título de uma instalação e performance evocando uma cena de rua, em noite chuvosa, numa zona de Lisboa por vezes chamada marginal no que a sexo diz respeito. Uma paragem de autocarro, dois homens sentados.
1983 é também o ano das primeiras notícias sobre SIDA em Portugal. Uma crise global revelou então — como hoje a emergência climática, a COVID ou o terrorismo de Putin — a eminente vulnerabilidade da vida e liberdade humanas.
A SIDA revelou também a homofobia estrutural que atrasou de modo criminoso as decisões políticas necessárias para a enfrentar e desencadeou uma vaga de militâncias que hoje, quarenta anos depois, manifestam evoluções significativas nas lutas anti-racistas, feministas e contra o totalitarismo heteronormativo, constituindo decisiva parte integrante da luta contra as novas vagas com vocação neofascista (de Trump a Bolsonaro).
Em Portugal, por razões históricas que se podem considerar evidentes (o longo período de ditadura política e a hegemonia das versões mais conservadoras da religião católica), não há uma linhagem explícita de «arte gay» (nem mesmo nos anos 60) e muito menos uma presença significativa das temáticas e debates queer na área das artes plásticas.
O trabalho de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, além da relevância no campo específico da escultura/instalação e dos «filmes de artista» — nomeadamente variações queer, ou camp, a partir de Moby Dick e Werther —, tem uma relevância política e ideológica que em Portugal podemos considerar excepcional.
[Alexandre Melo]
Mário Cesariny, «O Navio de Espelhos», in Titânia e a Cidade Queimada, 1977
1983 é título de uma instalação e performance evocando uma cena de rua, em noite chuvosa, numa zona de Lisboa por vezes chamada marginal no que a sexo diz respeito. Uma paragem de autocarro, dois homens sentados.
1983 é também o ano das primeiras notícias sobre SIDA em Portugal. Uma crise global revelou então — como hoje a emergência climática, a COVID ou o terrorismo de Putin — a eminente vulnerabilidade da vida e liberdade humanas.
A SIDA revelou também a homofobia estrutural que atrasou de modo criminoso as decisões políticas necessárias para a enfrentar e desencadeou uma vaga de militâncias que hoje, quarenta anos depois, manifestam evoluções significativas nas lutas anti-racistas, feministas e contra o totalitarismo heteronormativo, constituindo decisiva parte integrante da luta contra as novas vagas com vocação neofascista (de Trump a Bolsonaro).
Em Portugal, por razões históricas que se podem considerar evidentes (o longo período de ditadura política e a hegemonia das versões mais conservadoras da religião católica), não há uma linhagem explícita de «arte gay» (nem mesmo nos anos 60) e muito menos uma presença significativa das temáticas e debates queer na área das artes plásticas.
O trabalho de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, além da relevância no campo específico da escultura/instalação e dos «filmes de artista» — nomeadamente variações queer, ou camp, a partir de Moby Dick e Werther —, tem uma relevância política e ideológica que em Portugal podemos considerar excepcional.
[Alexandre Melo]
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