Michael Tomkinson

A Tunísia é o mais sofisticado, tolerante e aberto país do Norte de África. Em tempos base de piratas berberes, foi depois um protectorado francês e "Terra do Véu", acabando por se revelar ao turismo em meados de 1960. Dez anos mais tarde tinha um lugar permanente nos programas dos agentes de viagens, e dispõe de mais de 500 hotéis que alojam, alimentam, transportam e entretêm uma média anual superior a três milhões de visitantes. Com efeito, não se trata apenas de uma nação em desenvolvimento; a gama de estágios de progresso social e económico que ocorrem simultaneamente é tão vasta que deixa o visitante europeu um tanto confuso. O desenvolvimento iniciado com o presidente Bourguiba mantém-se ainda hoje - surgem novas vilas e subúrbios, clínicas, escolas e alojamentos de custo reduzido, estradas e linhas de caminho de ferro, novas zonas industriais, arranha-céus nos grandes centros urbanos, represas, canais, oleodutos internacionais, complexos turísticos luxuosos, portos de lazer e mais aeroportos internacionais. Felizmente, este desenvolvimento não é imediatamente visível da janela do seu hotel.. Uma grande extensão da costa mediterrânica mantém-se intocada, e o sol africano - algo que dificilmente pode ser afectado pelo progresso - brilha quase todos os dias do ano sobre as magníficas praias, montanhas e o deserto.