Maurice Maeterlinck
Biografia
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1911
Dramaturgo e poeta belga, nascido em 1862, em Ghent, e falecido em 1949, em Nice. Embora tenha estudado Direito, ao sentir que não tinha muita aptidão para a carreira de advocacia decidiu dedicar-se à Literatura. Ao deslocar-se a Paris, travou conhecimento com muitos poetas simbolistas, entre os quais se destaca a figura de Villiers de l'Isle Adam, de quem recebeu influência.
Em 1899 compôs uma antologia de poemas simbolistas intitulada Serres Chaudes. No mesmo ano obteve notoriedade com a crítica favorável de Octave Mirbeau (crítico literário do jornal Le Figaro) à sua primeira obra teatral La Princesse Maleine (1889). Provocou ainda grande impacto com a peça Pelléas et Mélisande (1892), considerada uma obra-prima do drama simbolista e transformada em ópera por Claude Debussy.
A maioria das suas obras caracteriza-se por um certo fatalismo, misticismo e pela constante presença da morte.
A riqueza da sua imaginação está ainda presente em obras como L'Intruse (1890), Alladine et Palomides (1894), Aglavaine et Sélysette (1896), ensaios filosóficos e científicos La vie des abeilles (1900), L'Intelligence des Fleurs (1907), La vie des Fourmis e as peças Joyzelle (1903) e L'Oiseau Bleu (1909). Em 1911 foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura e em 1932 foi-lhe atribuído o título de conde da Bélgica.
Maurice Maeterlinck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
Dramaturgo e poeta belga, nascido em 1862, em Ghent, e falecido em 1949, em Nice. Embora tenha estudado Direito, ao sentir que não tinha muita aptidão para a carreira de advocacia decidiu dedicar-se à Literatura. Ao deslocar-se a Paris, travou conhecimento com muitos poetas simbolistas, entre os quais se destaca a figura de Villiers de l'Isle Adam, de quem recebeu influência.
Em 1899 compôs uma antologia de poemas simbolistas intitulada Serres Chaudes. No mesmo ano obteve notoriedade com a crítica favorável de Octave Mirbeau (crítico literário do jornal Le Figaro) à sua primeira obra teatral La Princesse Maleine (1889). Provocou ainda grande impacto com a peça Pelléas et Mélisande (1892), considerada uma obra-prima do drama simbolista e transformada em ópera por Claude Debussy.
A maioria das suas obras caracteriza-se por um certo fatalismo, misticismo e pela constante presença da morte.
A riqueza da sua imaginação está ainda presente em obras como L'Intruse (1890), Alladine et Palomides (1894), Aglavaine et Sélysette (1896), ensaios filosóficos e científicos La vie des abeilles (1900), L'Intelligence des Fleurs (1907), La vie des Fourmis e as peças Joyzelle (1903) e L'Oiseau Bleu (1909). Em 1911 foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura e em 1932 foi-lhe atribuído o título de conde da Bélgica.
Maurice Maeterlinck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
Prémios
1911 - Prémio Nobel da Literatura
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A Vida das Abelhas
Maurice Maeterlinck, laureado com o Nobel da Literatura em 1911, fruto da sua visão profundamente humanista da Natureza, interessou-se pelos mistérios da vida, observando-os com infinita paciência e sensibilidade, a que aliou o estudo dos mais importantes tratados sobre o assunto, dando origem a obras de extrema originalidade sobre as abelhas, as formigas, e as flores. Maeterlinck não se limitou, no entanto, à fria observação: soube ver nos factos um significado mais profundo e reflectir, no estilo leve de quem conta uma história, sobre as leis mutáveis que governam o nosso mundo.
O autor mostra-nos uma Natureza maravilhosa, em como no mais ínfimo detalhe na vida de um insecto se espelha a inteligência de toda a criação. Por exemplo, as abelhas resolvem sem grande esforço, um problema de Matemática avançada, não se perdem em teorias como os académicos, são umas espantosas geómetras com uma natural capacidade matemática, apresentam-se hoje como um grande mistério para a ciência, mistério esse que muitos sábios levarão muito tempo a desvendar.
Ao fim ao cabo, resta-nos aceitar o desafio de Maeterlinck, de desenvolver a simplicidade, a humildade, a praticidade e a sensibilidade das abelhas, para amenizarmos todo o sufoco do nosso trágico quotidiano.
O autor mostra-nos uma Natureza maravilhosa, em como no mais ínfimo detalhe na vida de um insecto se espelha a inteligência de toda a criação. Por exemplo, as abelhas resolvem sem grande esforço, um problema de Matemática avançada, não se perdem em teorias como os académicos, são umas espantosas geómetras com uma natural capacidade matemática, apresentam-se hoje como um grande mistério para a ciência, mistério esse que muitos sábios levarão muito tempo a desvendar.
Ao fim ao cabo, resta-nos aceitar o desafio de Maeterlinck, de desenvolver a simplicidade, a humildade, a praticidade e a sensibilidade das abelhas, para amenizarmos todo o sufoco do nosso trágico quotidiano.