Marlon Queiroz
Biografia
Marlon Queiroz nasceu no Rio de Janeiro em 1979. Em 2000, aos 20 anos, casado e já com um filho, decide seguir na mesma direção que muitos outros brasileiros tomaram na época e vem para Portugal, em busca de uma oportunidade. Em terras lusas começou, como muitos compatriotas, por ser empregado de mesa. A necessidade de complementar o orçamento familiar leva-o a aceitar trabalhar como segurança em espaços de diversão noturna. Dez anos depois, na sequência de um processo, é proibido por um juiz de voltar a exercer tal atividade. Inicia então uma reflexão sobre a sua vida e decide que é esse o momento para, aos 32 anos, prosseguir com sonhos e projetos que ficaram esquecidos durante o tempo em que trabalhou na noite.
Feita uma reflexão pessoal sobre essa década, que o levou a escrever um livro, começou a dar aulas de jiu-jitsu e retomou o seu interesse de sempre, que ficara em suspenso.
Neste momento concluiu um curso de argumento para cinema e tenciona prosseguir formação académica na área do Marketing, de que sempre gostou. É casado e tem dois filhos. Máfias da Noite é o seu primeiro livro.
Feita uma reflexão pessoal sobre essa década, que o levou a escrever um livro, começou a dar aulas de jiu-jitsu e retomou o seu interesse de sempre, que ficara em suspenso.
Neste momento concluiu um curso de argumento para cinema e tenciona prosseguir formação académica na área do Marketing, de que sempre gostou. É casado e tem dois filhos. Máfias da Noite é o seu primeiro livro.
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O Último da Fila
Quem nasce negro, pobre e na favela é sempre o último da fila. Mas ao encontrar a sua paixão, um menino ousou contrariar as estatísticas.
A história de um garoto pobre, criado numa zona marginal do Rio de Janeiro, que só vê uma forma de escapar à miséria: ser um desses bandidos que guiam um carro topo de gama, com uma arma à cintura e uma bela mulher do lado. Mas depois do seu melhor amigo ser morto, ele vai ter de fugir e acaba por encontrar uma nova forma de vida. Um retrato impressionante de uma sociedade profundamente desigual, onde muitas vezes se nasce e se morre sem hipóteses de fugir à pobreza e ao crime.
«Jorge disparou quinze vezes. A cada disparo, Ventania estremecia. O homem chorava e limpava as lágrimas com as costas da mão, incapaz de encaixar o parafuso na correia da bicicleta.
O corpo franzino de Buiu caiu no meio de uma poça de sangue, desfeito por quinze disparos. Jorge gastara mais dinheiro em balas do que na compra da bicicleta.»
«- A minha mãe matou-se a trabalhar a vida toda, e tem o quê? Não venha com essas histórias de que o herói brasileiro é o que acorda às cinco da manhã para trabalhar. O morro está cheio desses heróis... e eles só se fodem! Limpam a porcaria dos outros e ainda agradecem. Elis, quando você nasce pobre, preto e na Baixada Fluminense, é sempre o último da fila. Se quiser sair disso, tem de se virar.»
A história de um garoto pobre, criado numa zona marginal do Rio de Janeiro, que só vê uma forma de escapar à miséria: ser um desses bandidos que guiam um carro topo de gama, com uma arma à cintura e uma bela mulher do lado. Mas depois do seu melhor amigo ser morto, ele vai ter de fugir e acaba por encontrar uma nova forma de vida. Um retrato impressionante de uma sociedade profundamente desigual, onde muitas vezes se nasce e se morre sem hipóteses de fugir à pobreza e ao crime.
«Jorge disparou quinze vezes. A cada disparo, Ventania estremecia. O homem chorava e limpava as lágrimas com as costas da mão, incapaz de encaixar o parafuso na correia da bicicleta.
O corpo franzino de Buiu caiu no meio de uma poça de sangue, desfeito por quinze disparos. Jorge gastara mais dinheiro em balas do que na compra da bicicleta.»
«- A minha mãe matou-se a trabalhar a vida toda, e tem o quê? Não venha com essas histórias de que o herói brasileiro é o que acorda às cinco da manhã para trabalhar. O morro está cheio desses heróis... e eles só se fodem! Limpam a porcaria dos outros e ainda agradecem. Elis, quando você nasce pobre, preto e na Baixada Fluminense, é sempre o último da fila. Se quiser sair disso, tem de se virar.»
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