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Antologia Poética
A poesia de Maria Valupi desenha-se num tenso corpo a corpo com a vida, perdendo-se no labirinto de uma obsessiva tentativa de contrariar a evidência da realidade imediata dos seres, o tédio, a dor, procurando, na indagação da palavra, a infinitude dos instantes: «Mais do que batida./Mais do que cansada./Porque te não procura doçura./Doçura extrema do nada? /... é a minha obediência sem limites,/A uma eternidade de existência,/De ser?/Já nem mesmo sei chorar/Com aquelas lágrimas/Que dos nossos olhos saem/Tão por de leve salgadas!/Só no íntimo de mim/Há uma queixa tão seguida, tão velada/Como a voz de muito amor.» (Desprevenidas Paisagens)