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e-Sports: O Desporto em Mudança?
O conceito de desporto adquiriu uma carga semântica muito mais ampla do que aquela que originariamente o marcava e tem consequências que, em muito, se projetam para além de uma simples disputa ou imprecisão terminológicas circunscritas a círculos restritos, pois é neste contexto, onde a adjetivação desportiva se gruda a todo o tipo de atividades, que o debate contemporâneo se processa e é percebido pela opinião pública, e em torno do qual se caucionam tomadas de decisão em políticas públicas e associativas.
No âmbito das diferentes práticas sociais existem distintas atividades que se estruturam em torno de uma dinâmica de disputa/competição e que nunca invocaram o direito a serem consideradas de "atividades desportivas", mesmo quando, ainda que de forma abusiva, se apropriam de vocábulos desportivos. As olimpíadas de diferentes disciplinas escolares são o exemplo mais vivo. E as competições vinícolas e de outro tipo de atividades do mundo rural um outro exemplo. Ou as competições ocorridas no âmbito das práticas de gestão.
É neste contexto que assistimos, nos últimos anos, à tentativa de integrar os chamados jogos eletrónicos ( na versão anglófona e-games ou e-sports) como desporto e nesse caso até como modalidade/especialidade a poder integrar o programa dos Jogos Olímpicos.
Independentemente da resposta a dar à questão, na qual têm estado envolvidos operadores comerciais, especialistas técnicos e juristas, arrastados por força do impacto comercial e financeiro de um fenómeno que naturalmente requer regulação, sobreleva uma outra questão que é a de saber quais as consequências do uso compulsivo deste tipo de dispositivos e eventuais comportamentos aditivos que estimula e se isso é compatível com uma narrativa que o desporto sempre invocou de ser um elemento formativo ao serviço do desenvolvimento humano.
No âmbito das diferentes práticas sociais existem distintas atividades que se estruturam em torno de uma dinâmica de disputa/competição e que nunca invocaram o direito a serem consideradas de "atividades desportivas", mesmo quando, ainda que de forma abusiva, se apropriam de vocábulos desportivos. As olimpíadas de diferentes disciplinas escolares são o exemplo mais vivo. E as competições vinícolas e de outro tipo de atividades do mundo rural um outro exemplo. Ou as competições ocorridas no âmbito das práticas de gestão.
É neste contexto que assistimos, nos últimos anos, à tentativa de integrar os chamados jogos eletrónicos ( na versão anglófona e-games ou e-sports) como desporto e nesse caso até como modalidade/especialidade a poder integrar o programa dos Jogos Olímpicos.
Independentemente da resposta a dar à questão, na qual têm estado envolvidos operadores comerciais, especialistas técnicos e juristas, arrastados por força do impacto comercial e financeiro de um fenómeno que naturalmente requer regulação, sobreleva uma outra questão que é a de saber quais as consequências do uso compulsivo deste tipo de dispositivos e eventuais comportamentos aditivos que estimula e se isso é compatível com uma narrativa que o desporto sempre invocou de ser um elemento formativo ao serviço do desenvolvimento humano.