Maria Helena Lisboa

Esta obra, que corresponde a uma dissertação de doutoramento, assenta fundamentalmente em fontes e documentos inéditos, através dos quais procura reconstituir o papel das Academias de Belas Artes de Lisboa e do Porto no período que medeia entre 1836 e 1910, isto é, entre a sua fundação e o fim da Monarquia Contitucional. Nela se identificam e questionam os aspectos positivos e negativos de um ensino académico dirigido para formação de arquitectos, escultores, pintores e gravadores, mas também para a de artistas fabris. Analisa o papel dos professores, muitos dos quais, especialmente a partir da segunda geração, foram também artistas marcantes no panorama português. Para melhor entendimento da questão do ensino académico e do papel das Academias no desenvolvimento e divulgação das artes, desenharam-se, igualmente, as principais linhas da política liberal para o ensino artístico em geral, assim como, as do quadro mental envolvente.