Manuel Sobrinho Simões
Biografia
Manuel Sobrinho Simões nasceu no Porto, em cuja Faculdade de Medicina se licenciou (1971) e se doutorou em Patologia Oncológica (1978). Fez o pós-doutoramento em 1979-80 no Instituto de Cancro da Noruega. Ajudou a criar e dirige desde a sua fundação o Ipatimup. Presidiu à Sociedade Europeia de Patologia de 1999 a 2001, depois de ter sido secretário-geral de 1989 a 1997. Foi co-autor de cerca de 330 artigos científicos e de 24 livros ou capítulos de livros publicados na Europa, EUA e Japão que deram origem a mais de 9000 citações. Realiza anualmente 200 a 300 casos de consulta diagnóstica (tumores da tiróide, sobretudo) para instituições da Europa, Estados Unidos da América, América do Sul e África. Prémio Bordalo de Ciência — 1996, e Prémio Pessoa — 2002. Grande Cavaleiro da Ordem Real da Noruega e Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Actualmente é professor catedrático e director do Departamento de Patologia e Oncologia da FMUP, chefe de serviço no Hospital de São João, director do Ipatimup e vice-presidente do Health Cluster Portugal.
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Os Portugueses
A Europa é uma península da Ásia. A Ibéria é a península na ponta da Europa. Nós, Portugal e Galiza, estamos no extremo mais ocidental dessa península. Pelas leis da genética populacional, deveríamos ser mais homogéneos, mais monótonos em termos genéticos do que os outros povos europeus. E não somos. Pelo contrário. Somos de uma extraordinária diversidade genética porque incorporámos, ao longo de séculos, judeus e berberes vindos de Espanha e do norte de África, porque nos misturámos com árabes, porque tivemos escravatura de povos da África subsariana no nosso país e nas colónias, com uma grande expressão e durante centenas de anos.
E também porque fomos através do mar para África, Ásia e América do Sul e de lá voltámos com filhos e, sobretudo, com filhas. Graças a nós e às nossas circunstâncias, temos todos os ingredientes, dos genéticos e ambientais aos socioculturais e tecnológicos, para aproveitar, pela positiva, os tempos difíceis que se vivem na Europa e no mundo. Um livro breve que reflecte sobre diversos temas com rigor e eloquência, de um cientista reconhecido nacional e internacionalmente, que dispensa apresentações.
E também porque fomos através do mar para África, Ásia e América do Sul e de lá voltámos com filhos e, sobretudo, com filhas. Graças a nós e às nossas circunstâncias, temos todos os ingredientes, dos genéticos e ambientais aos socioculturais e tecnológicos, para aproveitar, pela positiva, os tempos difíceis que se vivem na Europa e no mundo. Um livro breve que reflecte sobre diversos temas com rigor e eloquência, de um cientista reconhecido nacional e internacionalmente, que dispensa apresentações.