Manuel Barreiros
Biografia
Nasci em Macau, de mãe macaense e pai português europeu, quando Macau ainda era um território português.
Licenciado em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, Portugal. Advogado em Sintra, Portugal. Na Carreira Diplomática Portuguesa em março de 1966: Na Embaixada no Rio de Janeiro (1968-1970); Chefe do Departamento de Cifra (1970-1972); Na Embaixada em Paris (1972-1975); Encarregado de Negócios em Cabo Verde (1975-1977); Conselheiro de Embaixada e Porta-voz da Missão Portuguesa junto das Comunidades Europeias em Bruxelas (1977-1984); Chefe-adjunto da Missão de Portugal na Conferência de Desarmamento de Estocolmo (1984-1985); Chefe do Departamento da Cooperação Política Europeia no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa (1985-1986); No Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros (1986-1989); Embaixador de Portugal em Viena para a OSCE (1989-1995); Embaixador de Portugal na Polónia (1995-1999); Inspetor Geral Diplomático e Consular (1999-2001); Embaixador de Portugal na Noruega e Islândia (2001-2007); Jubilado do Serviço Ativo em 2007 mas mantendo o estatuto de Embaixador full rank.
Licenciado em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, Portugal. Advogado em Sintra, Portugal. Na Carreira Diplomática Portuguesa em março de 1966: Na Embaixada no Rio de Janeiro (1968-1970); Chefe do Departamento de Cifra (1970-1972); Na Embaixada em Paris (1972-1975); Encarregado de Negócios em Cabo Verde (1975-1977); Conselheiro de Embaixada e Porta-voz da Missão Portuguesa junto das Comunidades Europeias em Bruxelas (1977-1984); Chefe-adjunto da Missão de Portugal na Conferência de Desarmamento de Estocolmo (1984-1985); Chefe do Departamento da Cooperação Política Europeia no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa (1985-1986); No Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros (1986-1989); Embaixador de Portugal em Viena para a OSCE (1989-1995); Embaixador de Portugal na Polónia (1995-1999); Inspetor Geral Diplomático e Consular (1999-2001); Embaixador de Portugal na Noruega e Islândia (2001-2007); Jubilado do Serviço Ativo em 2007 mas mantendo o estatuto de Embaixador full rank.
partilhar
Em destaque VER +
Episódios da Vida Diplomática
(…) Eles até eram simpáticos comigo, porque, sendo eu o único diplomata que tinha
permanecido na Embaixada, depois do 25 de Abril (por ser o mais novo), pensavam,
seguramente, que eu tinha ficado por outras razões menos prosaicas. Eu era o mais
novo, como mencionei e, como tal, entre pelouros menores tinha a meu cargo a cifra e
o expediente, o que compreendia a mala diplomática semanal.
Um dia, entrou-me no gabinete um digno Conselheiro da Revolução, com um gordo pacote na mão. Entregou-me o pacote que vinha dirigido a uns familiares, segundo me informou, e pediu-me para o enviar pela mala diplomática.
O pacote, em questão, devia conter, pelo menos, uma dúzia daqueles queijos franceses que cheiram e de que eu gosto. Mas, assim, tantos e seguramente mal empacotados, era horrível.
Expliquei-lhe que a mala diplomática servia outros fins e, mesmo com toda a minha boa vontade e grande respeito pelo trabalho desenvolvido pelo digno conselheiro e os seus colegas, em prol da democracia, não podia satisfazer o seu desejo, que iria infestar os ofícios e aerogramas de um odor que prejudicaria, por certo, a sua leitura e percepção.
Foi aos gritos que o conselheiro abandonou a minha sala vociferando, entre outras coisas, que "isto não vai ficar assim".
Pouco tempo depois, deixei Paris e fui para Cabo Verde. Muita gente, incluindo colegas, considerou que eu tinha sido castigado. (…)
In Capítulo "Um pedido do Conselho da Revolução"
Um dia, entrou-me no gabinete um digno Conselheiro da Revolução, com um gordo pacote na mão. Entregou-me o pacote que vinha dirigido a uns familiares, segundo me informou, e pediu-me para o enviar pela mala diplomática.
O pacote, em questão, devia conter, pelo menos, uma dúzia daqueles queijos franceses que cheiram e de que eu gosto. Mas, assim, tantos e seguramente mal empacotados, era horrível.
Expliquei-lhe que a mala diplomática servia outros fins e, mesmo com toda a minha boa vontade e grande respeito pelo trabalho desenvolvido pelo digno conselheiro e os seus colegas, em prol da democracia, não podia satisfazer o seu desejo, que iria infestar os ofícios e aerogramas de um odor que prejudicaria, por certo, a sua leitura e percepção.
Foi aos gritos que o conselheiro abandonou a minha sala vociferando, entre outras coisas, que "isto não vai ficar assim".
Pouco tempo depois, deixei Paris e fui para Cabo Verde. Muita gente, incluindo colegas, considerou que eu tinha sido castigado. (…)
In Capítulo "Um pedido do Conselho da Revolução"