Lourenço de Almeida
Biografia
Lourenço de Almeida nasceu em Módena, Itália, em 1936. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu advocacia durante poucos anos tendo enveredado pela actividade empresarial. Esteve sempre ligado a actividades cívicas e culturais, nomeadamente ao CNC - Centro Nacional de Cultura, de cuja direcção, actualmente, faz parte, e onde é responsável pelo "Projecto Caminhos de Fátima". É membro da Associação dos Amigos do Caminho Português de Santiago, sediada em Ponte de Lima. Há muitos anos que colabora profissionalmente em revistas, assinando crónicas, reportagens e textos de opinião. Colaborou com António Homem-Cardoso e Hélder Carita no livro "Ritz - quatro décadas de Lisboa" e com o primeiro no álbum "O Caminho do Tejo", da série "Caminhos de Fátima". Tem peregrinado a Fátima e a Santiago.
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As Ilhas das Especiarias
O viajante saiu de casa para o aeroporto. Esperavam-no muitas horas de voo e várias escalas até chegar ao seu destino, mas o entusiasmo e a expectativa eram grandes: ia participar na Semana Santa na longínqua ilha das Flores, na Indonésia.
Tinham-lhe contado que nessa longínqua ilha - nomeadamente na cidade de Larantuca, mas também em Maumere, Sika e Ende - se vivia a Semana Santa com uma profunda fé cristã lá deixada por Portugal, que ainda se rezavam e cantavam algumas orações em português, que a memória e o afecto pelos Portugueses permaneciam 300 anos depois de termos deixado aquelas ilhas, que muitas palavras da língua indonésia, e muito particularmente das usadas pelos habitantes ilha das Flores, eram palavras portuguesas…
Tinham-lhe dito tanta coisa e ao mesmo tempo tão pouca...
Tinham-lhe contado que nessa longínqua ilha - nomeadamente na cidade de Larantuca, mas também em Maumere, Sika e Ende - se vivia a Semana Santa com uma profunda fé cristã lá deixada por Portugal, que ainda se rezavam e cantavam algumas orações em português, que a memória e o afecto pelos Portugueses permaneciam 300 anos depois de termos deixado aquelas ilhas, que muitas palavras da língua indonésia, e muito particularmente das usadas pelos habitantes ilha das Flores, eram palavras portuguesas…
Tinham-lhe dito tanta coisa e ao mesmo tempo tão pouca...