Leopoldo María Panero
Biografia
Poeta maldito das letras espanholas, tradutor e ensaísta, Leopoldo María Panero (1948-2014) cedo se rebelou contra o poeta oficial do franquismo – o seu pai, Leopoldo Panero –, o meio familiar burguês que o encurralava e o obscurantismo do seu país. Membro do clã Panero (que viria a inspirar, em 1976, um dos últimos filmes censurados em Espanha, El Desencanto, de Jaime Chávarri), irmão de Juan Panero e filho da contista Felicidad Blanc, estudou Filosofia e Letras em Madrid e Barcelona. Alcoólatra e heroinómano, abriu as portas aos seus demónios interiores, conheceu a prisão, o ar quente de Tânger, a clandestinidade, a depressão e o apelo do suicídio. Viveu décadas em instituições psiquiátricas, mas, sobretudo, nas livrarias e nos bares de Las Palmas. Vencedor dos Prémios Estaño e Quijote de Poesia, é autor de Así se fundó Carnaby Street (1970) e de Last river together (1980), e legou-nos uma obra sublimemente lúcida e transgressora.
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A Canção do Croupier do Mississípi e Outros Poemas
A Canção do Croupier do Mississípi e Outros Poemas reúne os textos mais emblemáticos de Leopoldo María Panero, extraídos de nove livros e escritos entre 1979 e 1994 - para muitos, o período de maior relevância artística do autor.
Contemplando composições marcantes como A canção do croupier do Mississípi, Ma mère, O lamento do vampiro ou Projecto de um beijo, a presente antologia é uma chave para a compreensão de um dos autores espanhóis mais subversivos e transgressores da contemporaneidade.
Na senda maldita de Lautréamont, Antonin Artaud e Jean Genet, a lúcida loucura dos poemas dilacerantes de Leopoldo María Panero não poupou as misérias do inconsciente, os ninhos de corrupções quotidianos, os desvios e humilhações, e fez de cada verso, nas suas palavras, «uma captura atroz, uma cabeça cortada em silêncio, um grito que nunca morre».
Contemplando composições marcantes como A canção do croupier do Mississípi, Ma mère, O lamento do vampiro ou Projecto de um beijo, a presente antologia é uma chave para a compreensão de um dos autores espanhóis mais subversivos e transgressores da contemporaneidade.
Na senda maldita de Lautréamont, Antonin Artaud e Jean Genet, a lúcida loucura dos poemas dilacerantes de Leopoldo María Panero não poupou as misérias do inconsciente, os ninhos de corrupções quotidianos, os desvios e humilhações, e fez de cada verso, nas suas palavras, «uma captura atroz, uma cabeça cortada em silêncio, um grito que nunca morre».