Júlio Resende
Biografia
Artista português, Júlio Martins da Silva Resende, nasceu no Porto a 23 de outubro de 1917 e faleceu a 21 de setembro de 2011. Júlio Resende frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e de Paris.
As primeiras pinturas estão inseridas na "temática alentejana", que vai retomar com maior rigor plástico e maior densidade depois de 1949, ao voltar de uma viagem pela Europa que o levou a conhecer Francisco Goya e Pablo Picasso. Em Regresso ao trabalho (1950) e Mulheres de Pescadores (1951) ainda está presente uma temática neorrealista, que não prevalece, contudo, sobre o espaço pictural, multifacetado, ritmado, remetendo para uma maior abstração. Fez inúmeras exposições individuais em Portugal, Espanha, Bélgica, Noruega, Brasil. Representou o país em exposições coletivas nas Bienais de S. Paulo, Veneza, Ohio, Londres, Paris, etc. Nos anos 60, Resende interessou-se ainda por projetos de decoração e arquitetura, colaborando na decoração do Palácio da Justiça de Lisboa ou realizando o painel para a sede do Banco de Portugal. O painel Ribeira Negra, executado em 1968 por encomenda da Câmara Municipal do Porto, é tido como o melhor painel cerâmico contemporâneo. Na intervenção no Metropolitano de Lisboa, na estação de Sete-Rios, desenvolve a memória das paisagens luxuriantes trazida das viagens pelo Brasil. Enquanto ilustrador, colaborou com vários autores, designadamente com Eugénio de Andrade em Aquela Nuvem e outras, com Sophia de Mello Breyner Andresen em Noite de Natal, O Rapaz de Bronze e O Primeiro Livro de Poesia, e com Ilse Losa em O Rei Rique e Outras Histórias.
Júlio Resende. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-12-29].
As primeiras pinturas estão inseridas na "temática alentejana", que vai retomar com maior rigor plástico e maior densidade depois de 1949, ao voltar de uma viagem pela Europa que o levou a conhecer Francisco Goya e Pablo Picasso. Em Regresso ao trabalho (1950) e Mulheres de Pescadores (1951) ainda está presente uma temática neorrealista, que não prevalece, contudo, sobre o espaço pictural, multifacetado, ritmado, remetendo para uma maior abstração. Fez inúmeras exposições individuais em Portugal, Espanha, Bélgica, Noruega, Brasil. Representou o país em exposições coletivas nas Bienais de S. Paulo, Veneza, Ohio, Londres, Paris, etc. Nos anos 60, Resende interessou-se ainda por projetos de decoração e arquitetura, colaborando na decoração do Palácio da Justiça de Lisboa ou realizando o painel para a sede do Banco de Portugal. O painel Ribeira Negra, executado em 1968 por encomenda da Câmara Municipal do Porto, é tido como o melhor painel cerâmico contemporâneo. Na intervenção no Metropolitano de Lisboa, na estação de Sete-Rios, desenvolve a memória das paisagens luxuriantes trazida das viagens pelo Brasil. Enquanto ilustrador, colaborou com vários autores, designadamente com Eugénio de Andrade em Aquela Nuvem e outras, com Sophia de Mello Breyner Andresen em Noite de Natal, O Rapaz de Bronze e O Primeiro Livro de Poesia, e com Ilse Losa em O Rei Rique e Outras Histórias.
Júlio Resende. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-12-29].
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O Grande Feiticeiro Amarelo
O conto, inspirado na obra de Júlio Resende em Goa, com desenhos seus inéditos, fala de um cavaleiro amarelo que se veste de ouro e não sabe sorrir. Ele vai buscar 1001 mulheres a Goa para habitarem a muralha da China onde vive com 1001 cavalos especiais - daqueles que os Portugueses, no tempo dos Descobrimentos, transportam nas suas pesadas embarcações, conhecidas por Carrancas, e à mistura com móveis indo-portugueses, rinocerontes e outras preciosidades exóticas. O cavaleiro ostenta um anel mágico que o faz viajar através de um nevoeiro verde e, assim, rapta1000 goesas que dizem ser as mais fiéis e belas do Mundo (exaltadas por Camões). Rapta-as apenas para lhes oferecer um dos seus valiosos cavalos e para as tratar bem. É que, tradicionalmente, as goesas são obrigadas a queimarem-se por morte do marido. O cavaleiro salva-as!Mas, nem as 1000 goesas, nem os 1001 cavalos, o fazem sorrir. Falta-lhe mais uma, tantas quantas os cavalos. Regressa a Goa e cruza-se na praia com uma mulher diferente das demais encontradas. Uma mulher que não sabe falar, o faz sentir só e o leva a rir finalmente. É uma sereia que se apaixona pelo riso amarelo do cavaleiro com dentes de ouro. Ambos mergulham no mar de Goa e transformam-se numa espécie de golfinhos sorridentes.
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