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Lusitano Imaginário
Todos os poemas são apresentados por retratos, mesmo o homem de Neandertal, imaginado a partir da sua caveira. Alguns são mais facilmente identificáveis, como Camões ou o velazquiano Filipe IV, outros são claramente amargurados, inquietantes mesmo, num traço quase caricatural, com uma nota surrealista nalguns casos, como o D. João II, dividido pela linha de Tordesilhas, ou o Adamastor de gaivotas no cabelo e peixes emaranhados nas barbas.
Os desenhos apresentam ou acompanham os poemas; surgem inteiros, para depois se cindirem, se quebrarem, se desconstruírem, se repetirem fragmentados e combinados com palavras dos poemas, mais uma vez acentuando a dualidade entre palavra e imagem, para reencontrar a unidade da criação.
É uma obra ousada, porque ousa desmistificar, mas também pessimista, porque fala de decadência e porque se interroga sobre o sentido de tanta luta e de tanto sofrer. É sem dúvida uma visão de hoje, desencantada e descrente, mas também uma interrogação sobre a nossa identidade.
Os desenhos apresentam ou acompanham os poemas; surgem inteiros, para depois se cindirem, se quebrarem, se desconstruírem, se repetirem fragmentados e combinados com palavras dos poemas, mais uma vez acentuando a dualidade entre palavra e imagem, para reencontrar a unidade da criação.
É uma obra ousada, porque ousa desmistificar, mas também pessimista, porque fala de decadência e porque se interroga sobre o sentido de tanta luta e de tanto sofrer. É sem dúvida uma visão de hoje, desencantada e descrente, mas também uma interrogação sobre a nossa identidade.