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Os Meus Primeiros Pronomes Pessoais
«Eu tinha 10 anos. Durante todo esse tempo, eu tinha construído e sido construída no meu universo. Tinha sido agente e paciente. Fora sujeito e objecto de mim própria e o resto do mundo tinha-se enredado em mim e comigo. Eram já claros, para mim, os contrastes entre proximidade e separação, entre alegria de viver e morte, entre expectativa e desilusão, entre confiança e desgosto, entre compreensão e injustiça, entre amor e indiferença, entre desejo e frustração, entre ruído e harmonia, entre conhecimento e saber. Mas, na altura, eu ignorava que este primeiro ciclo de mim própria tinha, como que por magia, chegado ao fim.»