Ignasi Moreta
Biografia
Nasci em Barcelona em 1980. Estudei humanidades porque com este curso podia aproximar-me ao mesmo tempo da língua, da literatura, da história, da filosofia e da arte. Os meus interesses foram-se inclinando pela literatura e pelo pensamento, especialmente pela incidência que o fator religioso tem neles. Ensino literatura catalã na Universidade Pompeu Fabra. Em 2007, a Inês Castel-Branco e eu fundámos a Fragmenta, uma editora ao serviço de todos os que se questionam e que não excluem o contributo das espiritualidades e das religiões para procurarem respostas.
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Livro do Gentio e dos Três Sábios
— Em 2016 celebra-se o Ano Llull em comemoração do sétimo centenário da morte do filósofo mais importante que as letras catalãs deram ao mundo
— O texto, adaptado por Ignasi Moreta, centra-se na parte da obra mais adequada para o leitor de hoje com um estilo atual e inteligível que respeita, contudo, o tom cerimonioso do original
— As ilustrações de Àfrica Fanlo, sem deixar de ser atuais, recuperam elementos simbólicos próprios da tradição iconográfica luliana.
Era uma vez um gentio, quer dizer, um homem que não praticava nenhuma religião. Era muito sábio mas não tinha nenhum conhecimento de Deus nem acreditava que houvesse alguma coisa depois da morte. Procurando remédio para a sua tristeza, dirigiu-se a um bosque cheio de fontes e de belas árvores de fruto.
Entretanto, três sábios encontraram-se à saída de uma cidade. Um era judeu, o outro cristão e o terceiro muçulmano. Ao verem-se, cumprimentaram-se, acolheram-se mutuamente e decidiram acompanhar-se. Cada um falava aos outros dois sobre a sua crença e os seus pensamentos, e falando, falando, chegaram ao bosque por onde andava o gentio…
Com o Livro do gentio e dos três sábios, Ramon Llull (1232-1316) oferece-nos uma surpreendente parábola inter-religiosa com um desenlace desconcertante.
— O texto, adaptado por Ignasi Moreta, centra-se na parte da obra mais adequada para o leitor de hoje com um estilo atual e inteligível que respeita, contudo, o tom cerimonioso do original
— As ilustrações de Àfrica Fanlo, sem deixar de ser atuais, recuperam elementos simbólicos próprios da tradição iconográfica luliana.
Era uma vez um gentio, quer dizer, um homem que não praticava nenhuma religião. Era muito sábio mas não tinha nenhum conhecimento de Deus nem acreditava que houvesse alguma coisa depois da morte. Procurando remédio para a sua tristeza, dirigiu-se a um bosque cheio de fontes e de belas árvores de fruto.
Entretanto, três sábios encontraram-se à saída de uma cidade. Um era judeu, o outro cristão e o terceiro muçulmano. Ao verem-se, cumprimentaram-se, acolheram-se mutuamente e decidiram acompanhar-se. Cada um falava aos outros dois sobre a sua crença e os seus pensamentos, e falando, falando, chegaram ao bosque por onde andava o gentio…
Com o Livro do gentio e dos três sábios, Ramon Llull (1232-1316) oferece-nos uma surpreendente parábola inter-religiosa com um desenlace desconcertante.